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Notícias | Região NOVO HAMBURGO

CASO VACIX: Dona de clínica condenada por aplicar falsas vacinas tem mudança na pena; veja o que a Justiça determinou

Defesa já apresentou novo recurso com a finalidade de anular a sentença e absolver a proprietária do local

Publicado em: 23.10.2023 às 11:06 Última atualização: 23.10.2023 às 11:09

O Tribunal de Justiça (TJ/RS) reduziu para 1 ano e 8 meses a condenação de Luciana Sandrini Rihl, proprietária da clínica Vacix, acusada de simular a aplicação de vacinas em crianças e adultos, em fevereiro de 2018. A pena foi convertida para a prestação de serviços à comunidade e multa.


A enfermeira Luciana Rihl, dona da clínica Vacix, foi presa em flagrante em fevereiro de 2018 | Jornal NH
A enfermeira Luciana Rihl, dona da clínica Vacix, foi presa em flagrante em fevereiro de 2018 Foto: Polícia Civil

A decisão é da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ/RS), em julgamento de recurso apresentado pela defesa contra a decisão da 2ª Vara Criminal da Comarca de Novo Hamburgo, que havia condenado a empresária a 7 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado, em maio do ano passado, quando foi condenada por 10 estelionatos.


Profissionais da saúde participaram de operação policial na clínica | Jornal NH
Profissionais da saúde participaram de operação policial na clínica Foto: Polícia Civil

O novo julgamento ocorreu dia 28 de setembro em Porto Alegre. Os desembargadores do TJ mantiveram a condenação de Luciana por sete crimes de estelionato, porém, acolheram a argumentação da defesa no sentido de que não houve cometimento de crimes contra crianças conforme havia concluído o juiz de 1º grau.

Defesa quer a absolvição da empresária

A defesa de Luciana comemora o resultado, mas ainda não está satisfeita com o desfecho da história. Por isso, já apresentou novo recurso, chamado embargos de declaração, pois a intenção do advogado Luiz Gustavo Puperi é levar o julgamento às cortes superiores, em Brasília.

"A defesa segue buscando a nulidade do processo e a absolvição completa da ré quanto aos delitos que lhe foram imputados", avisa Puperi, que defende os interesses da empresária desde a revelação do caso.


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Puperi observa que, desde o início do processo, a defesa coleciona vitórias no Judiciário. Ele analisa dessa forma, pois, já no julgamento de 1º grau, o juiz do caso absolveu Luciana dos dois crimes mais graves (contra a saúde pública e contra o consumidor) pelos quais ela foi acusada pelo Ministério Público (MP/RS). "O caso não está encerrado e vamos ter desdobramentos", garante o defensor.

Uma modificação na lei do crime de estelionato é a brecha para o advogado buscar a absolvição da cliente. "Desde 2019, o estelionato passou a ser considerado um crime que necessita a representação da vítima. Antes, o MP podia acusar alguém por estelionato sem que a vítima quisesse", explica.

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