TEMPORAL: Força da água arranca asfalto sobre ponte; há famílias ilhadas em Rolante
Avenida Anexação, principal acesso à localidade de Rolantinho e ligação ao município de Santo Antônio da Patrulha, foi destruída
A forte chuva que atingiu o Rio Grande do Sul entre a madrugada de sexta-feira (17) e a manhã de sábado (18) ainda gerava transtornos a motoristas em Rolante neste domingo. A Avenida Anexação, principal acesso à localidade de Rolantinho e ligação ao município de Santo Antônio da Patrulha, foi destruída.
A força da água foi tão grande que levou parte do asfalto sobre a ponte que liga a região à Fazenda Fleck, onde cerca de 30 famílias estão isoladas.
Ninguém se feriu. De acordo com a Defesa Civil, choveu 140mm em 24 horas na cidade. “Não é comum, porque a água subiu muito rapidamente, pegando toda a comunidade de forma inesperada”, afirma o coordenador da Defesa Civil do município, Gustavo Madruga da Rosa.
O trecho foi isolado e sinalizado
Rio dos Sinos chega a 5 metros com o status de alerta para inundação no município
VÍDEO: Barcos com motor potente e helicóptero ajudam no resgate a vítimas da maior enchente em São Sebastião do Caí
RS-240 está bloqueada em Capela de Santana
Força da água arranca asfalto sobre ponte ; há famílias ilhadas em Rolante. VEJA VÍDEO https://t.co/NbFLw8AxJm pic.twitter.com/vWFBncM4KR
— Jornal NH (@jornalnh) November 19, 2023
Bairros isolados
Conforme Rosa, outras duas localidades seguem com acessos interrompidos devido ao deslizamento de terra. “Os casos mais preocupantes são o bairro Maragata, que segue sem luz, onde residem cerca de 50 famílias, e o Glória que está sem água.”
Dia de limpeza
Moradores de Rolante começaram o domingo conferindo os estragos provocados pela enchente. Com a chuva, casas e estabelecimentos comerciais foram alagados. Em um atelier de calçado, no Centro da cidade, o dia é de mutirão de faxina.
Conforme o empresário Leandro Born, 50, os funcionários que não tiveram suas casas atingidas pela água se reuniram no início da manhã com vassouras, rodos e lava jato para ajudar na limpeza da fábrica. “Já temos, infelizmente, uma certa experiência com enchentes, mas desta vez a água subiu muito rápido e mesmo elevando as máquinas, em cima de caixotes, não conseguimos evitar os estragos”, relata o empresário.
Ele afirma que enfrenta a oitava enchente em um ano e meio. “Quando a gente começa a se recuperar, começa tudo outra vez”, lamenta, mostrando na parede da fábrica a marca onde a água atingiu.
No balanço preliminar, pelo menos duas esteiras estragaram devido à água ter atingindo os motores dos equipamentos. “O prejuízo deve chegar na casa dos 6 mil reais.”