PIB gaúcho fica estável no terceiro trimestre; alta no ano é de 2,7%
Na comparação com período anterior, soma das riquezas produzidas no RS teve baixa de 0,5%
Após um primeiro semestre impulsionado pelos desempenhos da agropecuária e da indústria, a economia do Rio Grande do Sul registrou variação nula no terceiro trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todas as riquezas – gaúcho no período entre julho e setembro foi influenciado pela sazonalidade das principais lavouras do Estado, como soja e milho, e também pela desaceleração de alguns segmentos da indústria, já sinalizados nas últimas pesquisas nacionais do setor. No acumulado do ano, o PIB do RS acumula alta de 2,7%, acima da variação do Brasil, de 1%.
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A variação do terceiro trimestre, conforme os economistas responsáveis pelo estudo, era esperada em virtude da base de comparação mais alta e do fim do ciclo de vendas de alguns segmentos importantes, como o de máquinas e equipamentos agrícolas, caminhões e veículos leves.
“A expectativa é que o crescimento do RS no final do ano permaneça positivo e, provavelmente, acima do avanço da economia brasileira. A retomada consistente da economia, contudo, ainda está atrelada à recuperação sólida da economia nacional, para a qual se espera crescimento de 2,2% no próximo ano”, avalia a chefe da Divisão de Indicadores Estruturais do DEE, Vanessa Sulzbach.
Desempenho por setor
Por segmento da economia, a agropecuária (-2,5%) e a indústria (-1,6%) foram as principais influências negativas no terceiro trimestre do ano, enquanto o setor de serviços cresceu 1,4%, acima da média nacional, de 1% no mesmo período de comparação.
Das sete atividades que compõem os serviços, apenas o comércio (-0,8%) apresentou queda. Os principais destaques no segmento foram os serviços de intermediação financeira e seguros (+3,1%) e de transporte, armazenagem e correios (+2,1%).
Na agropecuária, o terceiro trimestre representa o período do ano de menor peso da produção agrícola nos números da economia. Dentre os produtos com safra relevante entre julho e setembro, a cana-de-açúcar (-7,8%), mandioca (-7,3%) e a laranja (-4,2%) registraram as quedas mais significativas.
Em virtude da variação negativa de atividades com grande peso na arrecadação tributária, o volume dos impostos sobre produtos no RS apresentou queda de 1,2% no trimestre, enquanto no país houve crescimento de 1,8%. O Valor Adicionado Bruto (VAB) do Estado, ou seja, o resultado final de toda a atividade produtiva, cresceu 0,2%, também abaixo da variação do país, que teve alta de 1,1%.