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Notícias | Rio Grande do Sul Saúde em alerta

Ministro da Saúde sugere que o gaúcho 'dê um tempo no chimarrão' para evitar coronavírus

Brasil teve primeiro caso da doença confirmado nesta quarta-feira

Por Micheli Aguiar
Publicado em: 26.02.2020 às 16:40 Última atualização: 27.02.2020 às 10:04

Chimarrão: Ministério da Saúde alerta para perigos com coronavírus Foto: Pixabay
Em coletiva à imprensa, nesta quarta-feira (26), em Brasília, sobre a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou sobre medidas que o brasileiro deve tomar para evitar a propagação do vírus em solo nacional. Entre as medidas, o ministro sugeriu que os gaúchos "deem um tempo na roda de chimarrão".

"Alguns estados, como o caso do meu Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul que têm hábito de compartilhamento cultural, como é o caso do tereré e o chimarrão, que passa de boca em boca. Geralmente é feito uma roda, onde se passa de pessoa em pessoa. A gente pede que as pessoas evitem. A gente sabe que, num momento de transmissão de vírus, que é vírus salivar, não é vírus aerossol, é um instrumento de compartilhamento e passagem de substâncias orais entre si", recomendou.

O ministro reforçou ainda o pedido para que a população reforce hábitos de higiene como limpeza frequente das mãos e rosto. "Água e sabão todo mundo tem. O brasileiro precisa aumentar o número de vezes que lava as mãos e o rosto durante o dia."

O inverno gaúcho também é preocupação para o Ministério da Saúde. Na epidemia de H1N1, o Estado foi o com maior número de mortes. "O inverno se avizinha e a região Sul costuma ter o maior número de doenças respiratórias. Foi assim na época do H1N1. O Rio Grande do Sul foi o estado que teve o maior número de casos, o maior número de óbitos. A gente deve estruturar o laboratório do Rio Grande do Sul para que os exames possam ser processados lá mesmo", afirmou.

O ministro destacou ainda a inauguração dos novos leitos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Mandetta afirmou que, havendo necessidade, os leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) podem ser inaugurados
preliminarmente.

Infectologista destaca que cuidado é importante

A médica infectologista, Fábia Corteletti, aponta que neste momento de maior atenção em relação ao coronavírus, a orientação do Ministério é válida. "É mais um cuidado que vale a pena ter, além daquelas orientações que já estamos acostumados, como a higiene das mãos", diz.

Para a profissional, esta orientação é pertinente, uma vez que a ainda é desconhecida a forma como este vírus irá se comportar na região e no inverno gaúcho.

"A cuia de chimarrão e a bomba podem contribuir para a transmissão. Quando estamos falando de um vírus que se transmite também pela saliva, faz todo o sentido. Às vezes na bomba, pela temperatura, talvez o vírus não sobreviva, mas eventualmente a cuia pode acabar transmitindo, sim", explica a médica.

O coronavírus é considerado um vírus de moderado a pequeno, segundo o Ministério da Saúde. Uma pessoa contaminada tem o potencial de transmissão de duas a três pessoas. Os sintomas se assemelham de uma gripe, como tosse, febre, dores no corpo e coriza.

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