Rio Grande do Sul soma 7,6 mil postos perdidos na indústria calçadista

A projeção da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) se confirmou: a estimativa de postos perdidos no setor até segunda-feira, dia 27, que era de 6,9 mil teria um incremento na divulgação dos dados da pesquisa semanal que a entidade está fazendo com as empresas associadas. No último boletim do levantamento, divulgado nesta terça-feira, dia 28, o Rio Grande do Sul aparece com 7.590 demissões desde o início da pandemia.

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O Estado é o segundo com o maior número de desligamentos do País, atrás apenas de São Paulo. Entretanto, a diferença entre os dois Estados que já chegou a ser de 2 mil postos, agora é de 385. O polo paulista segue à frente com 7.975. Em terceiro lugar, está Minas Gerais com 5 mil demissões. Em quarto, aparece Santa Catarina com 2,5 mil desligamentos. Os outros polos brasileiros juntos têm  3.420 demitidos. Dessa forma, a indústria calçadista brasileira já desligou 26.485 profissionais desde o início da pandemia da Covid-19.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, comenta que o quadro é proveniente de uma brusca queda nos pedidos entre março e abril em função da pandemia do novo coronavírus. “Além do varejo estar fechado, portanto sem fazer novos pedidos, tivemos problemas com pagamentos e cancelamentos, inclusive para exportação”, avalia o dirigente, ressaltando que estima-se uma queda de 22,5% no consumo mundial de calçados ao longo de 2020. A partir desta semana, a Abicalçados divulgará semanalmente, às terças-feiras, os resultados da pesquisa que está sendo feita com as empresas associadas.