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Notícias | Rio Grande do Sul No Norte do Rs

Laudo da reconstituição da morte do menino Rafael deve sair em 30 dias

Mãe, que confessou o crime, reproduziu o assassinato da criança em Planalto; irmão, de 16 anos, foi liberado da segunda parte da simulação

Publicado em: 19.06.2020 às 10:46 Última atualização: 19.06.2020 às 10:46

A reconstituição da morte do menino Rafael Mateus Winques, de 11 anos, em Planalto, no Norte do RS, com a participação mãe, Alexandra Dougokenski, 32, e do irmão mais velho da criança, 16, foi realizada nesta quinta-feira (18) na casa da família, onde o crime aconteceu. Peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) fizeram a reprodução simulada dos fatos a partir das 18 horas de ontem a fim de confirmar a versão apresentada pela mãe, que confessou o crime à Polícia. A previsão é de que o laudo esteja concluído em 30 dias.

O corpo de Rafael foi encontrado dez dias depois de a mãe informar o desaparecimento dele.

Reconstituição

A ação teve início na Delegacia de Polícia da cidade. A investigada e o filho, de 16, foram ouvidos pela perita criminal responsável. Como relatou apenas ter ouvido barulhos, sem presenciar o crime, o adolescente foi dispensado da segunda parte da dinâmica. Já na casa onde a morte aconteceu, todos os momentos da versão apresentada pela mulher foram refeitos. O fotógrafo criminalístico do IGP fez o levantamento fotográfico do local.

Um boneco com o peso compatível ao da vítima foi usado na ação. “Fizemos a sequência de todas as ações referidas na versão de Alexandra, que mostrou, no local, como os fatos teriam ocorrido naquele dia. A partir de sua demonstração, são realizadas as análises técnicas pertinentes ao exame” explica a perita criminal Bárbara Cavedon, responsável pelo laudo.

Peritos da 4ª Coordenadoria Regional de Perícias, que realizaram a perícia quando o corpo foi descoberto, também voltaram ao local para participar do trabalho. A ação foi acompanhada ainda pelo perito médico-legista que realizou a necropsia. O laudo, que aponta a causa da morte, leva em conta os resultados de outras perícias, como as de toxicologia, que indicam se houve a ingestão de medicamentos, conforme relatado pela mãe da criança. “Todos os vestígios conversam entre si e convergem para o mesmo caminho, que é o da verdade. É uma prova técnica e científica” esclarece Marguet Mittmann, diretora do Departamento de Perícias do Interior.

Ao todo, 29 solicitações de perícias foram enviadas pela Polícia Civil para o IGP. Destas, 19 já tiveram os laudos assinados e liberados para a autoridade policial", afirma Marguet.

O que é a Reprodução Simulada dos Fatos

É uma das perícias mais completas realizadas pelo IGP. É um trabalho multidisciplinar, dividido em três partes. A preparação envolve a leitura do inquérito policial e/ou processo judicial pelo Perito responsável, que também analisa os laudos periciais produzidos para o caso e faz o levantamento das condições necessárias para a realização do trabalho de campo.No dia marcado, os envolvidos são ouvidos na Delegacia de Polícia, onde relatam para o Perito Criminal a sua versão dos fatos.

Na terceira parte, a da elaboração do laudo, o perito analisa as versões relatadas, verificando quais são factíveis, tendo como base elementos técnicos do trabalho pericial. O perito também responde os quesitos, que foram formulados pela defesa, pela autoridade policial ou pela acusação.

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