Nesta quinta-feira (2) a Polícia Civil encerrou o inquérito que apura a morte do menino Rafael Mateus Winques, de 11 anos. Rafael foi assassinado no dia 15 de maio no município de Planalto, norte do Estado. O corpo dele foi localizado dez dias depois. A mãe, Alexandra Salete Dougokenski, confessou o crime.
A Polícia Civil concluiu o procedimento com o pedido de prisão preventiva de Alexandra. O inquérito totalizou 1.370 páginas, com quatro volumes e cinco anexos. Ela foi indiciada por homicídio doloso qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
No dia 25 de maio, após diversas diligências, a equipe que investigava o fato suspeitou do comportamento da mãe de Rafael, Alexandra, ocasião em que resolveu confrontá-la com os indícios de que ela possuía envolvimento com o desaparecimento.
A partir daí, ela resolveu confessar o seu envolvimento com a morte de Rafael, alegando, porém, que a morte havia ocorrido, de forma acidental, após ter ministrado dois comprimidos do medicamento Diazepan. Na sequência, ela apontou o local exato em que havia ocultado o cadáver do seu filho.
Diante da notícia da morte de Rafael e com a confissão de Alexandra de que a morte havia ocorrido por ato voluntário, porém não desejado por ela, a Polícia Civil designou uma força-tarefa para acompanhar a investigação, a fim de esclarecer se, de fato, a morte havia ocorrido de forma acidental ou se havia ocorrido de forma intencional; e, caso fosse detectado que a morte havia ocorrido de forma intencional, que fossem apuradas e determinadas a motivação e a dinâmica do fato.
No curso da investigação, foram ouvidas dezenas de pessoas e solicitadas quebras de sigilo bancário, telefônico, dentre outras medidas cautelares, a fim de verificar se o fato havia ocorrido nos termos narrados inicialmente pela investigada, bem como para verificar se havia tido a participação de uma terceira pessoa na cena do crime.
Nesse sentido, todo o conjunto probatório apontava para uma morte intencional, provocada pela ação voluntária e desejada por Alexandra. A investigação apontou, ainda, que Rafael vinha, de forma reiterada, desobedecendo às ordens da mãe no que diz respeito ao uso do celular, chegando-se ao motivo do assassinato ocorrido na madrugada do dia 15 de maio, o que foi corroborado durante o interrogatório.