Nenê, líder de facção do Vale do Sinos, está entre os transferidos para presídios federais
Dos nove presos, quatro integram organização criminosa originada no antigo Presídio Central; dois ocupavam posição de liderança em quadrilha baseada no Vale do Sinos; dois chefiavam ações de bando nascido no Bairro Bom Jesus, na Capital; e outros dois não são faccionados, mas acumulam condenações por comandar delitos de extorsão mediante sequestro na região metropolitana
O traficante gaúcho Fabrício Santos da Silva, o Nenê, 37 anos, está entre os nove líderes de facção, que cumpriam pena no Estado, que foram transferidos em uma megaoperação na noite de domingo (8). A informação foi apurada pela reportagem. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) não repassará nomes dos presos, conforme prevê a lei contra Abuso de Autoridade. Porém informa que quatro deles integram organização criminosa originada no antigo Presídio Central; dois ocupavam posição de liderança em quadrilha baseada no Vale do Sinos; dois chefiavam ações de bando nascido no Bairro Bom Jesus, na capital; e outros dois não são membros de fracção, mas acumulam condenações por comandar delitos de extorsão mediante sequestro na região metropolitana.
Durante a coletiva à imprensa, na manhã desta segunda-feira, o secretário de Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, apontou que um dos líderes foi alvo de uma operação da Polícia Federal no Vale do Sinos, na semana passada, saudando o apoio da PF recebido na operação desta madrugada. Na quinta-feira (5) da semana passada, Nenê virou o alvo da operação. Ele estava na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), de onde continuava a frente dos negócios da facção.
Megaoperação transfere nove líderes de facções para presídios federais
Rápido, monitorado e sem imprensa: como foi o traslado dos presos na Operação Império da Lei II
Colisão entre carros na RS-239 deixa uma pessoa ferida
A fuga de Nenê
Novas remoções podem ocorrer
Além das nove transferências realizadas nesta segunda-feira (9), o Estado já obteve autorização do Poder Judiciário gaúcho e aguarda deferimento da Justiça Federal para outras três remoções. Novas solicitações poderão ocorrer para neutralizar a influência de detentos sobre grupos criminosos, conforme avaliação do monitoramento permanente realizado pelo RS Seguro. Com os alvos da Império da Lei II, chega a 45 a soma de detentos do Rio Grande do Sul isolados em penitenciárias federais.