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Notícias | Rio Grande do Sul Polícia

Jogos de azar | Operação bloqueia cerca de R$ 17 milhões de suspeitos de lavagem de dinheiro

Ofensiva acontece no RS, na capital e litoral norte; e em São Paulo e Rio de Janeiro

Publicado em: 15.12.2020 às 09:27 Última atualização: 15.12.2020 às 09:33

A Operação Imperatore, deflagrada na manhã desta terça-feira (15), bloqueou pelo menos R$ 17 milhões de grupo criminoso suspeito de lavagem do dinheiro de jogos de azar. A ação da Polícia Civil busca provas, além das que já constam no inquérito policial, da prática dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e das contravenções penais de jogo do bicho e jogo de azar.

Nesta fase da investigação, estão sendo cumpridas 95 ordens judiciais, sendo elas o cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão (25 no Rio Grande do Sul, três no Rio de Janeiro e um em São Paulo), restrição de transferência de 24 veículos, entre esses vários de luxo, a indisponibilidade de nove bens imóveis nas cidades de Porto Alegre, Xangri-lá e Rio de Janeiro (na Barra de Tijuca), além de outros que forem encontrados nos respectivos registros imobiliários, e bloqueio de contas de 33 investigados.

A ofensiva é realizada por meio da Delegacia de Polícia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro, do Departamento Estadual de Investigações Criminais, com o apoio das Polícias Civis de Rio de Janeiro e São Paulo.

Investigação

De acordo com o delegado Marcus Viafore, a operação é resultado de 1 ano e 4 meses de investigação, originária de informações que foram encaminhadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. Conforme a investigação, há suspeitas da existência de um complexo esquema de reciclagem de capitais oriundos do jogo ilegal, liderado por um suspeito que atua há, pelo menos, duas décadas na prática contravencional.

De início, descobriu-se que há intensa atividade envolvendo jogos ilegais por parte dos investigados. Da mesma forma, pelo que se viu, o líder da organização criou uma empresa em nome de sua esposa e filhas para “blindar” seu patrimônio, justamente para evitar que fosse alvo de investigações.

Além disso, descobriu-se que o investigado é sócio ou administrador de fato (sem constar no quadro social) ou de direito, de mais cinco empresas, nas áreas de depósito de mercadorias ou móveis para terceiros, agenciamento e gestão de carreira de jogadores de futebol, locação de veículos e agenciamento de atores para fornecimento de figurantes e atuação para produções de TV, cinema e publicidade, esta última com sede na cidade de Rio de Janeiro/RJ, as quais transacionam entre si.

Há indícios de que essas empresas são usadas para lavar o capital sujo dos jogos ilegais. Essa organização é composta por um líder, operador financeiro, gerente da banca, laranjas e diversos arrecadadores.

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