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Notícias | Rio Grande do Sul DESESTATIZAÇÃO

Leite anuncia privatização da Corsan

Segundo o governador, a companhia não tem capacidade econômica de dar conta de investir R$ 10 bilhões até 2033, meta do novo marco regulatório do saneamento básico

Por Débora Ertel
Publicado em: 18.03.2021 às 13:15 Última atualização: 18.03.2021 às 22:40

Marco regulatório inviabiliza a manutenção da companhia Foto: Reprodução / Corsan
O governador Eduardo Leite anunciou na manhã desta quinta-feira (18) que vai privatizar a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Já está na Assembleia Legislativa um projeto para retirar a obrigatoriedade de um plesbicito para a venda da empresa pública. Segundo o chefe do Piratini, a motivação para a venda da Corsan está no novo marco regulatório do saneamento básico, que colocou metas para serem cumpridas até 2033, entre elas a universalização no abastecimento e tratamento de esgoto.

Conforme Leite, a Corsan não tem capacidade econômica de dar conta de investir R$ 10 bilhões até 2033. Por conta disso, as 317 prefeituras gaúchas que utilizam o serviço da companhia precisam rever os contratos, com a previsão de cumprimento de metas. Sendo assim, os municípios poderão romper os contratos e a Corsan se tornar uma empresa pública que não presta mais serviços em saneamento porque ficaria sem clientes.

Segundo o governador, a Corsan acumulou dívidas trabalhistas nos últimos cinco anos de R$ 1 bilhão e até hoje foi administrada "como se fosse uma empresa de ninguém." Ainda conforme Leite, embora ele tenha dito durante a campanha que não privatizaria a Corsan, a "regra do jogo mudou" a partir da publicação do marco regulatório, o que inviabiliza a manutenção da companhia.

A proposta de privatização prevê que o Estado continua como um dos acionistas. Leite não falou como ficará a situação dos servidores da empresa pública a partir da privatização.


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