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Notícias | Rio Grande do Sul Polícia

Em menos de 24 horas, RS tem duas mulheres assassinadas em crimes brutais

Polícia Civil investiga morte a pedradas e homicídio no qual padrasto é o principal suspeito

Publicado em: 12.04.2021 às 12:32 Última atualização: 12.04.2021 às 12:35

Flor deixa em homenagem a uma das vítimas Foto: Inézio Machado/ GES
Na contramão dos dados que apontaram redução no número de feminicídios no Estado no mês de março, abril começa violento para as mulheres. Em uma semana, ao menos três casos brutais foram registrados em no Rio Grande do Sul, os dois últimos com intervalo de menos de 24 horas.

Na noite deste domingo (11), uma mulher foi morta a pedradas no Bairro Olarias, em Lajeado, no Vale do Taquari. O corpo da vítima foi encontrado na Rua Ulisses Guimaraes pela Brigada Militar (BM). Próximo a ele, havia uma pedra, que teria sido utilizada no crime. A Polícia Civil aguarda a confirmação da identidade da vítima pelo Instituto-Geral de Perícias, mas investiga o caso como feminicídio. 

Poucas horas após o crime em Lajeado, uma jovem de 18 anos foi morta dentro de casa no bairro Agronomia, em Porto Alegre. O principal suspeito, segundo a Polícia, é o padrasto que teria cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento de 14 anos com a mãe da vítima.

No início do mês, uma menina de 13 anos sofreu violência sexual e foi assassinada pelo padrasto em Bom Princípio, no Vale do Caí. O homem, que está preso, confessou o crime

As mortes ocorrem justamente no momento em que a Polícia Civil anunciou uma redução de 77% no número dos feminicídios no Estado. O levantamento apontou que as mortes por motivo de gênero reduziram de 13 para três na comparação com março de 2020.

Além das mortes de mulheres, os últimos dias também foram de denúncias descumprimento da medida protetiva e também denúncias abuso sexual. Na última quarta-feira (7), por exemplo, uma mulher precisou pedir ajuda à BM ao ser seguida e ameaçada pelo ex-companheiro em Canela, na Serra. Ela possui medida protetiva ativa contra o suspeito.

Já em Esteio, na região metropolitana, um homem foi preso na quinta-feira (8) suspeito de abusar das três enteadas. Segundo a Polícia, vítimas tinham entre 7 e 9 anos quando sofriam os abusos.

Onde pedir ajuda

Em casos de violência doméstica e familiar, as mulheres podem procurar um desses serviços de atendimento:

Brigada Militar – Disque 190
Se a violência estiver acontecendo, a vítima ou qualquer outra pessoa deverá telefonar imediatamente para o 190 a fim de que a Brigada Militar se desloque até o local do fato para prestar socorro.

Polícia Civil
Se a violência já aconteceu, a vítima deverá ir, preferencialmente à Delegacia da Mulher, onde houver, ou a qualquer Delegacia de Polícia para fazer o Boletim de Ocorrência e solicitar as medidas protetivas. Veja as delegacias especializadas de atendimento à mulher.

Deam Novo Hamburgo - localizada na Rua Júlio de Castilhos, 806, Centro e atende pelo telefone (51) 3584-5801

Delegacia Online
A delegaciaonline.rs.gov.br é uma plataforma digital criada pela Polícia Civil do RS onde as vítimas podem relatar as agressões sofridas sem ter que ir até a delegacia e que também facilita a solicitação de medidas protetivas de urgência.

Central de Atendimento à Mulher 24 Horas – Disque 180
A Central funciona diariamente, 24h por dia, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países (Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela). Recebe denúncias ou relatos de violência contra a mulher, reclamações sobre os serviços de rede, orienta sobre direitos e acerca dos locais onde a vítima pode receber atendimento. A denúncia será investigada e a vítima receberá atendimento necessário, inclusive medidas protetivas, se for o caso. A denúncia pode ser anônima.

Defensoria Pública – Disque 0800-644-5556
Para orientação quanto aos seus direitos e deveres, a vítima poderá procurar a Defensoria Pública, na sua cidade ou, se for o caso, consultar advogado(a).

Centros de Referência de Atendimento à Mulher
Espaços de acolhimento/atendimento psicológico e social, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência. Confira aqui a lista dos Centros de Referência de Atendimento à Mulher.

Em Novo Hamburgo, o Viva Mulher está localizado na Avenida Pedro Adams Filho, 5836, Centro, e atende pelo telefone (51) 3097-9482.


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