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Notícias | Rio Grande do Sul Segunda dose

Estado aguarda aplicação de toda a Coronavac distribuída para sanar problema de escassez

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, menos de um terço do montante de Coronavac distribuído para segunda dose havia sido aplicado e/ou registrado no Estado até a quarta-feira

Publicado em: 20.05.2021 às 15:46 Última atualização: 20.05.2021 às 15:51

Última remessa da Coronavac só pode ser usada para segunda dose Foto: Gustavo Mansur/Palacio Piratini

Para resolver o problema de escassez de doses em algumas cidades gaúchas, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) diz que depende da aplicação de todo o montante de Coronavac distribuído na quarta-feira (19) aos municípios exclusivamente para segunda dose (D2). As aplicações precisam ser registradas no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), monitorado pelo governo do Estado. Somente depois, a SES irá definir se irá remanejar doses de uma cidade para outra - caso haja sobra - ou, até mesmo, acionar o Ministério da Saúde para o recebimento de mais frascos.

Dados retirados do sistema na quarta-feira (19) indicam que menos de um terço do total de Coronavac distribuído no RS para segunda dose havia sido aplicado e/ou registrado. Faltavam ser computadas 538.755 aplicações.

"Só vamos conseguir ter exatidão sobre as possíveis dificuldades após os municípios aplicarem todo o quantitativo que enviamos e registrarem no sistema", explica Ana Costa, diretora de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES. 

A pasta reforça que as vacinas enviadas não podem ser usadas para primeira dose.

A ideia inicial do Estado, com essa última remessa distribuída, era completar o esquema vacinal de todos que estavam com a D2 atrasada. Porém, somente na Região Metropolitana, oito cidades já informaram a falta de mais de 20 mil unidades do imunizante do Butantan para que o objetivo seja alcançado. Enquanto isso, Taquara registrou sobra de vacinas.

O motivo para a incompatibilidade dos dados das prefeituras e do Estado ainda é um mistério, mas a SES trabalha com algumas possibilidades. "Entre as hipóteses para os problemas alegados pelos municípios, podem estar desde falhas nos registros até migrações entre municípios, ou seja, pessoas que tomaram a primeira dose em um lugar e agora precisam tomar a D2 em outro, além de algum possível equívoco de uso da D2 como primeira dose", elenca Ana.

'Matematicamente' suficiente

Desde o início da campanha de vacinação da Covid-19 no RS, em janeiro de 2021, a SES distribuiu 1.647.470 doses da vacina Coronavac aos municípios gaúchos para aplicação da primeira dose em grupos prioritários, seguindo a ordem estabelecida pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI) e conforme pactuações entre Estado e municípios.

Matematicamente, portanto, o Estado distribuiu doses suficientes para completar o esquema vacinal de todos os gaúchos imunizados com a primeira dose da Coronavac.

"Conforme os municípios forem vacinando e registrando, vamos continuar acompanhando para entender a situação de cada local e atuar em conjunto com os gestores na busca de soluções. Se preciso, vamos recorrer ao Ministério da Saúde para completar eventuais faltas de doses", garante a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

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