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Notícias | Rio Grande do Sul ELEIÇÕES 2022

Eduardo Leite fica no PSDB e renuncia ao cargo de governador de olho na eleição presidencial

Líderes do partido ainda tentam fazer do gaúcho o candidato tucano no lugar de João Doria

Por Da redação
Publicado em: 28.03.2022 às 14:41 Última atualização: 29.03.2022 às 11:02

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, confirmou nesta segunda-feira (28) o que vinha sendo antecipado desde a semana passada: fica no PSDB e renuncia ao cargo no Palácio Piratini de olho na disputa pela Presidência da República, em outubro. Ainda na noite de domingo (27) ele telefonou para Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, informando que não irá para o partido.

Eduardo Leite fica no PSDB e renuncia ao cargo de governador
Eduardo Leite fica no PSDB e renuncia ao cargo de governador Foto: João Ávila/GES-Especial
O vice-governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), delegado aposentado da Polícia Civil que é natural e morador de Esteio, assume o governo gaúcho como titular até o fim do ano. A última vez que um governador gaúcho renunciou foi em abril de 1990, quando Pedro Simon (MDB) deixou o cargo para concorrer ao Senado. Ele foi eleito e assumiu em fevereiro de 1991.

Leite anuncia renúncia ao cargo de governador para a próxima quinta-feira (31) mesmo ficando no PSDB porque, apesar de ter sido derrotado nas prévias tucanas do fim do ano, ainda pensa em concorrer a presidente da República. Em visita a Santa Maria do Herval no último sábado ele defendeu "uma participação ampliada no debate nacional".

O governador de São Paulo, João Doria, é o pré-candidato do PSDB, mas líderes do partido ainda acreditam que podem substituí-lo até a convenção partidária marcada para julho. O entendimento é que Doria não deslanchou nas pesquisas e que Leite teria mais potencial de ser a terceira via na disputa polarizada entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Leite anunciou seu futuro político em uma coletiva de imprensa no início da tarde desta segunda-feira (28) no Palácio Piratini, em Porto Alegre. Momentos antes, reuniu-se com líderes do partido no Estado, entre eles o deputado federal Lucas Redecker (presidente estadual tucano) e a prefeita de Novo Hamburgo, Fatima Daudt.

Já no início da coletiva, a assessoria de Eduardo Leite exibiu um vídeo em que o governador cita versos de Guimarães Rosa: "o que ela (a vida) quer da gente é coragem". "Quem faz política como missão aprende que, no dia a dia, o que importa é melhorar a vida das pessoas. Minha escolha impacta mais do que a minha vida", acrescentou, dizendo que renuncia e fica no PSDB. "Vou renunciar ao poder para não renunciar à política", resumiu. "Me desincompatibilizo do governo para ajudar meu partido a ter novo olhar do Brasil", acrescentou. "Sempre sonhei com o impossível", disse.

O governador defendeu uma política "com mais tolerância e com mais respeito" ao citar as reformas aprovadas "sem confusões". Ele também frisou a confiança e a "convivência fraterna e leal" com o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior. "Ele não resumiu sua participação à Secretaria de Segurança Pública", disse Leite, destacando que os indicadores criminais estão em queda no Estado.

"Viramos o jogo e o jogo continua sob a condução deste novo comandante", frisou Leite, destacando que o governo foi além da meta de colocar em dia os salários do funcionalismo. "Temos contas em dia e capacidade de investimento", destacou. Leite criticou declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) no fim de semana e disse que é preciso "construirmos ao invés de destuir".

Segundo Leite, renunciar ao mandato "me abre diversas possibilidades para estar onde mais eu possa estar neste momento crítico para o Brasil". "Não é sobre projetos pessoais, sobre prévias ou sobre partidos. Nada pode estar acima do nosso desejo de viabilizar algo para o País", disse Leite ao comentar que telefonou para o governador João Doria mais cedo. "Eu respeito as prévias, são legítimas. Mas estaremos diante de discussão que envolve outros partidos, a formação de um consórcio de partidos que busca caminho comum".

O governador disse que há "conversa bem adiantada" entre PSDB, MDB, União Brasil e Cidadania para viabilizar uma candidatura de terceira via e que o candidato será definido por este grupo. "Aquela candidatura que oferecer melhores condições será a escolhida. Até lá, podemos ter opções. Minha disposição é de participar ativamente deste processo", garantiu.

Sobre eleição estadual, Eduardo Leite citou seu vice, Ranolfo Vieira Júnior, como "o grande nome para seguir este projeto". "Conhece o governo e conhece o Estado. É um grande nome para dar continuidade a este projeto. Confio nele para estes próximos meses e para depois. Mas no momento da política vamos discutir com partidos convergentes, entre eles o MDB", sublinhou o governador.

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