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Notícias | Rio Grande do Sul SEGURANÇA

Brigada Militar diz que implementação do uso de câmeras nos uniformes será ainda em 2022

Medida será adotada para gravar abordagens. Cerca de 900 equipamentos serão colocados em policiais em serviço, inicialmente, em Porto Alegre, cidades da Região Metropolitana, do Vale do Sinos e da Serra

Por Redação
Publicado em: 22.08.2022 às 18:55 Última atualização: 22.08.2022 às 20:37

A Brigada Militar (BM) confirmou nesta segunda-feira (22) a implementação de câmeras corporais no efetivo. Em nota, a BM afirma que cerca de 900 equipamentos serão adquiridos e colocados em policiais em serviço, inicialmente, em Porto Alegre, e cidades da Região Metropolitana, do Vale do Sinos e da Serra gaúcha. Até o fim de 2022, pelo menos, 300 câmeras deverão entrar em operação. Esse primeiro lote será destinado a brigadianos da capital.


O objetivo da implementação desses dispositivos é qualificar o conjunto de práticas ilícitas, contribuindo para a efetividade da análise criminal. Além disso, o emprego das câmeras corporais deve aumentar a transparência e a fiscalização das ações policiais e do uso da força, visando proteger os agentes da lei, no que diz respeito à reação de pessoas abordadas, e também a sociedade. 

Em Novo Hamburgo, a Guarda Municipal anunciou a adoção dessa medida em abril, com o objetivo de garantir transparência e segurança.

Testes e funcionamento dos equipamentos

Em 2021, experimentos foram realizados em ações policiais. Os testes foram feitos pelos efetivos do 9º BPM, no 1º Batalhão de Polícia de Choque (1º BPChq) de Porto Alegre, e também na Operação Golfinho, durante o veraneio no Litoral.

A BM explica que o equipamento possui gravação contínua e autonomia de gravar 12 horas ininterruptas dos turnos de serviço. Ao fim do plantão, o policial que estava com a câmera a devolve ao batalhão e as imagens são transmitidas para um servidor que armazena as gravações.

O acesso aos vídeos é exclusivo do sistema de gestão operacional das unidades da BM. A tecnologia utilizada assegura que as imagens não sejam copiadas diretamente do equipamento por nenhum tipo de dispositivo e elas também não podem ser editadas. 

Caso Gabriel reascende o assunto

O assunto de câmeras corporais não é novidade no Estado. Em março, a Brigada Militar já havia afirmado que os equipamentos seriam adotados pelas guarnições. No entanto, nos últimos dias a pauta ganhou força por conta do assassinato de Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos. Ele foi encontrado morto em um açude em São Gabriel, na fronteira Oeste do Estado, dias após uma abordagem da BM. 

O jovem ficou uma semana desaparecido até seu corpo ser localizado pelas equipes de buscas. Um sargento e dois brigadianos estão presos por suspeita de cometer o homicídio. O caso é investigado pela Corregedoria da BM e também pela Polícia Civil. 

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