Presença de dirigível em Porto Alegre lembra passagem de Zeppelin pelo céu gaúcho há quase 90 anos
Aeronave gigantesca que se move e paira no ar mobiliza as atenções
Os avanços da navegação aérea representam um marco na história. E alguns desses momentos são tão incríveis que fazem parte da memória de muitos. Na região sempre há quem faça referência ou mesmo quem testemunhou o dia em que o dirigível "Graf von Zeppelin" passou por aqui. Foi em 29 de junho de 1934. Em registro do acervo do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo é possível ver a passagem por São Leopoldo daquela que era, então, na época uma incrível maravilha da engenharia. Nesta semana, 89 anos depois do “Zeppelin”, os moradores da capital se depararam com um dirigível cruzando o céu de Porto Alegre.E a aeronave pode ser vista de longe. Afinal, o dirigível ADB-3-3 tem 48 metros de comprimento por 17 metros de altura e capacidade para acomodar até cinco passageiros, além do piloto, em sua gôndola. O veículo está no Estado pela Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas do Rio Grande do Sul (Sistema Fetransul) para a South Summit, dentro do evento ‘A Logística desembarca na South Summit’, que foi aberta na última quarta-feira e chega à sua segunda edição em Porto Alegre, no Cais Mauá.
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Na avaliação dele, “precisamos nos conectar e nos prepararmos para as constantes mudanças do mercado. O evento no catamarã irá lincar a inovação com o transporte. Será uma grande oportunidade de estarmos mais próximos do mundo da inovação, assim nos tornando mais competitivos”. A aeronave foi contratada pelo Sistema Fetransul em parceria com alguns apoiadores e para sobrevoar ‘A Logística desembarca na South Summit’.
CertificaçãoEm 22 de dezembro de 2022, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deu à ABD Certificado de Tipo para a aeronave ADB-3-3, após um processo que se estendeu por anos com apoio de empresas parceiras como Avionics Services e Latécoère.
Paixão pelo ar
Charles Chueiri, natural do Paraná, é o piloto do dirigível. A paixão pelo ar vem da adolescência. “Antes de tirar a carta de motorista (CNH), eu já pilotava solo aviões. Entrei na Aeronáutica, na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, com 15 e fiz meu primeiro voo com 18 anos. O interesse em voar vem desde a adolescência. Foram 28 anos de Força Aérea. Depois passei a trabalhar na aviação civil. E nessa jornada surgiu o dirigível”, conta ele, explicando um pouco as diferenças. “O avião pousa como um pássaro. O helicóptero como um besouro e o dirigível como uma borboleta”, brinca. “O dirigível é mais suscetível aos ventos. Fiz toda uma preparação para pilotar um dirigível.”