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DIA DA INDÚSTRIA: Inovação torna as empresas do RS mais competitivas

No primeiro trimestre, segundo dados do Caged, o setor puxou o índice de empregabilidade, com saldo de 5.867 postos de trabalho

Publicado em: 25.05.2023 às 07:00 Última atualização: 25.05.2023 às 07:53

O 25 de maio marca o Dia da Indústria. A data põe em evidência um dos setores que mais empregam no Rio Grande do Sul. No primeiro trimestre, segundo dados do Caged, o setor puxou o índice de empregabilidade, com saldo de 5.867 postos de trabalho.


As fábricas, como a hamburguense ERPS, contam com automação e modernização
As fábricas, como a hamburguense ERPS, contam com automação e modernização Foto: Fotos Juliana Nunes/GES-Especial

E se engana quem pensa que a chegada da indústria 4.0 tirou oportunidades. Segundo o diretor regional do Senai-RS, Carlos Trein, pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que empresas que adotaram novas tecnologias aumentaram suas equipes.

"A decisão de automatizar/digitalizar a manufatura tem sido motivada pelos seguintes motivos principais: ganhos de produtividade, redução de erros, economia de recursos, aumento da segurança e customização da produção. Ou seja, ao digitalizar a produção, a empresa torna-se mais competitiva, vendendo mais, consequentemente produzindo mais e necessitando de mais pessoas."

Competitividade

Na região, muitas empresas têm apostado na inovação e nas equipes para ter mais competitividade. Como a Full Gauge, de Canoas, especializada em controles de temperatura e que conta com uma filial nos Estados Unidos.


"Somos uma espécie de cobaia dos principais fabricantes de microchip no mundo, recebemos peças para testar a viabilidade no campo de novos desenvolvimentos. Antes de uma tecnologia de ponta sair no mercado já tomamos conhecimento para iniciar nosso próprio desenvolvimento", conta o vice-diretor comercial, Rodnei Peres.

Em 2021, a Full Gauge investiu R$ 15,5 milhões em um armazém no Parque Industrial, que abrigará máquinas e equipamentos ainda este ano.

Renovação e inovação

Outra empresa que é destaque em inovação é a hamburguense ERPS. A empresa está de mudança para um espaço mais moderno, que ficará às margens da BR-116, em Novo Hamburgo.

"Uma das questões em que nos baseamos é onde nos encontramos dentro da cadeia. Hoje, utilizamos unidades de fornecimento fora da fábrica, com especialistas no que fazem, e nós nos especializamos ainda mais em desenvolvimento, montagem e entrega. Estamos buscando renovação e inovação", ressalta o diretor da ERPS, Marlos Schmidt.

A fábrica tem 95% de sua demanda voltada ao setor calçadista e apresentou na Fimec, em março, um robô colaborativo. Ele lembra que o robô não existe de fato nas empresas, mas é uma provocação aos empresários do que pode ser feito para evoluir as máquinas. Este tipo de projeto conta com parceiros como Feevale, Senai e outras empresas de máquinas.

Soluções em isolamento

Já a Sebras Portas Rápidas, de São Leopoldo, atua na produção de portas em lona para isolamento em ambientes industriais. "Estas soluções contam com estrutura, motor, painel de controle, mas o que faz o fechamento da porta é o PVC, a lona flexível, usada hoje nos mais diversos segmentos industriais", conta conta Valdir Hüning, diretor da Sebras.

Em fevereiro, a indústria foi selecionada em edital do Finepe para desenvolver nova tecnologia, desta vez, uma porta auto reparável para ambientes externos. "É uma porta de lona que se sofrer colisão, depois que abre ela volta encaixada no trilho, sem precisar de intervenção humana para a reparação. O projeto terá 24 meses de duração. Até o fim do ano que vem, queremos ter os primeiros protótipos em teste. Estamos prevendo também a criação de área de pesquisa e desenvolvimento com ampliação do nosso espaço atual."

A empresa conta também com uma solução que permite monitorar o desempenho das portas por aplicativo no celular.

Uma boa base industrial é o caminho para o Paísse fortalecer

O Dia da Indústria, neste 25 de maio, é particularmente especial para a Stihl, pois neste ano a empresa celebra 50 anos no Brasil. Em 11 de janeiro de 1973, a Stihl iniciava sua produção em São Leopoldo, no Vale do Sinos. De lá para cá, inúmeras histórias foram construídas, com muito trabalho e dedicação.

"Uma base industrial forte é a pavimentação perfeita do caminho para o País se fortalecer", ressalta o vice-presidente de Operações da Stihl, Arno Tomasini.

"Temos diversos desafios sob o ponto de vista do cenário brasileiro, como a necessidade imediata de uma reforma tributária e investimentos em infraestrutura. Contudo, nós, enquanto Stihl, nos orgulhamos dos resultados construídos ao longo de 50 anos de produção em solo brasileiro", afirma, ressaltando o esforço.

"São décadas de trabalho árduo para construção de uma gestão sólida, com base em conceitos inovadores e tecnológicos, com foco no desenvolvimento do processo produtivo e atenção para os colaboradores e a comunidade."

Tomasini reforça que "os investimentos realizados pela Stihl são fruto de um contexto, no qual a região foi fundamental, principalmente no início da instalação da fábrica em São Leopoldo".

Expansão

A Stihl Brasil, em sua sede em São Leopoldo, projeta concluir a expansão do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e o Centro Logístico até o fim do ano. As obras tiveram início no ano passado e o investimento será de R$ 210 milhões.

A organização registrou, no ano passado, o maior faturamento da sua história cinquentenária: R$ 3,2 bilhões.

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