PREVISÃO DO TEMPO: Calor atípico chega ao último dia; veja o que esperar da chuva intensa que deve atingir o RS
Múltiplos fenômenos trazem risco para alagamentos na região metropolitana
O calorzinho desta semana já está com as horas contadas. Nesta quinta-feira (6), o sol é protagonista em algumas regiões e aparece tímido em outras. Há possibilidade de chuva isolada na região metropolitana, onde as máximas devem atingir os 28°C. Na Serra gaúcha, os termômetros podem registrar 26°C.
Mesmo com temperatura acima da média para julho, os gaúchos já se preparam para a mudança drástica que acontecerá na sexta-feira (7).
A MetSul Meteorologia alerta que dois eventos de chuva intensa e tempestades vão atingir a região Sul nos próximos dias. Com a mudança climática, existe a probabilidade de um novo ciclone se formar sobre o mar no fim de semana, mais afastado do continente.
Os meteorologistas já adiantam que não será semelhante ao cenário dos dias 15 e 16 junho, que deixou estragos pelo Estado.
A instabilidade maior vai se dar em dois momentos. O primeiro, entre esta sexta (7) e o começo do sábado (8). O segundo, entre a segunda (10) e quarta-feira (12) da próxima semana. Serão duas situações distintas de tempo severo com características diferentes, mas ambas trarão condições de risco de chuva excessiva e temporais.
Segundo a MetSul, apesar de não se antecipar uma situação como a de junho, a população deve estar muito atenta aos riscos de fenômenos severos neste dois episódios de instabilidade, em particular o da próxima semana pelo maior potencial de temporais fortes a severos.
Em atenção
"Porto Alegre e a região metropolitana, assim como os vales e as áreas do Nordeste gaúcho que sofreram com inundações em junho, estão na zona de maior risco de chuva volumosa. Assim, as comunidades destas regiões devem estar atentas à possibilidade de alagamentos e novas inundações", salienta a meteorologista Estael Sias.
Para a Defesa Civil de Novo Hamburgo, a Sala de Situação RS emitiu um aviso de "Atenção", já na terça (4), alertando sobre a possibilidade de chuva forte e em volumes elevados no final de semana. "Seguimos acompanhando a evolução das condições meteorológicas para, se necessário, emitirmos um alerta", reforça o chefe do órgão no município, Arci Fetter Júnior.
A prefeita Fatima Daudt usou as redes sociais para tranquilizar a população ainda na terça. "Até agora não mostra um evento climático como o que passamos no dia 16", afirmou. Sobre a casa de bombas do bairro Santo Afonso, garantiu que a empresa deve concluir manutenção nesta semana.
O que se espera desta sexta-feira
O tempo começou a mudar já na quarta (5) no Estado, com aumento de nebulosidade e chuva sem volumes expressivos em algumas regiões. Nesta quinta-feira (6), a instabilidade se espalha para o Oeste e o Sul e depois pontos da faixa central.
Na sexta deve chover na maior parte do Estado, acompanhado de raios e trovoadas. No sábado, o período mais crítico será o da madrugada e da manhã, com chuva forte e volumosa, raios e trovoadas.
Segundo Estael, entre o final do domingo e a segunda-feira, é possível ver um ciclone formado, sobre o mar, originado da baixa pressão que passou pelo RS, mas a uma grande distância do continente. "Por isso, está a se dizer que é muitíssimo diferente o cenário do visto em junho e menos grave neste primeiro evento", reforça.
Como será o segundo momento das chuvas
A instabilidade dará uma trégua curta. Na segunda-feira (10), fortes áreas de instabilidade se formam sobre o Paraná e começam a avançar de Norte para Sul. Isso vai gerar uma frente quente clássica, um fenômeno típico de inverno, que levará chuva e trovoadas com risco de temporais isolados até o fim do dia ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Na terça-feira (11), a frente vai estar sobre o Estado com chuva em altos volumes e temporais.
Na quarta-feira (12), a chuva avança de Sul para Norte. Entretanto, a previsão poderá mudar, pois vai depender da posição do centro de baixa pressão atmosférica, principalmente para o cenário da semana que vem.
Alertas
Conforme a Defesa Civil do RS, até o momento, o Estado é de atenção e não ainda de alerta. Existe também uma equipe monitorando as condições meteorológicas desde o início da semana e boletins foram enviados aos municípios sobre o estado de atenção. Se a situação evoluir será emitido situação de alerta.
Para Estael, o cenário é complexo para os próximos dias e exige atenção: "O primeiro impacto dos eventos é risco de alagamento em áreas urbanas, rios cheios, impacto nas bacias dos rios dos Sinos, Caí, Gravataí e Jacuí, mas é precoce avaliar que nível isso pode afetar", observa.
Cidades monitoram
Em São Leopoldo, o secretário-geral de Governo, Nelson Spolaor, mobilizou as diferentes pastas para intensificar os planos de trabalho tanto de restabelecimento, como de reconstrução. A prefeitura segue atenta com as equipes da Defesa Civil aos mapas meteorológicos e informações do Estado.
As secretarias estão com equipes em sobreaviso. Uma nova reunião de avaliação será realizada hoje, onde também serão convidados o Corpo de Bombeiros Militar e o comando do 19º Batalhão de Infantaria Motorizada (BIMtz) para a criação de uma força-tarefa para atuar de prontidão em casos de novas cheias.
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Entre as medidas preventivas, estão a limpeza dos arroios, que é permanente desde 2017, mas foi intensificada nessa semana para remover os restos deixados pela ultima enxurrada. Também foi feito o hidrojateamento das redes.
*Colaborou Thiago Padilha