ÁGUA CONTAMINADA: Empresa de água mineral que foi interditada diz que houve falha humana; entenda
Produção da marca Fontes de Belém foi suspensa no dia 12 de julho em Porto Alegre, após resultados de amostras demonstrarem contaminação por bactérias e agentes materiais
Quase duas semanas depois de ter a produção suspensa pela Secretaria de Saúde de Porto Alegre, a empresa de água mineral Fontes de Belém afirmou nesta segunda-feira (24) que espera retomar o trabalho já na próxima semana. O estabelecimento foi interditado no dia 12 de julho, depois que amostras do produto apresentaram resultados insatisfatórios e, portanto, ofereciam "risco à saúde", conforme classificou a pasta.
De acordo com o advogado da empresa, Gabriel Souza, a contaminação teria sido ocasionada por um erro humano. "Faltou o produto que faz a esterilização", relata.
"É um funcionário que trabalha com a gente já há um tempo e está passando por uma situação pessoal bem delicada", explica o advogado sobre o trabalhador, que segue na empresa. A falha aconteceu apenas no lote Dia 25, que foi produzido em 25 de maio e tinha validade até o dia 9 de julho.
Por conta da realização incorreta dos procedimentos, em análises feitas pelo Programa Estadual de Monitoramento da Qualidade Sanitária de Alimentos (Pemqsa) foram encontradas bactérias Pseudomonas e agentes materiais, como fragmentos de plástico e insetos. As avaliações foram realizadas em dez galões recolhidos pela Vigilância em distribuidora que é cliente da Fontes de Belém. Destes, apenas dois apresentaram contaminação. Souza não soube informar quantas unidades, ao todo, havia no lote.
O advogado diz que a empresa reconhece ter falhado ao encarregar apenas um funcionário de todo o processo de esterilização. "É uma pessoa humana, passível de erros como qualquer outra." Assim, na tentativa de evitar que o problema volte a se repetir, mais uma pessoa ficará responsável pelos procedimentos, que também terá um supervisor.
Após ter tido os processos de captação e envase suspensos, a empresa recomendou que os consumidores que adquiriram água desse lote não as ingerisse e afirmou que, quando a produção for retomada, eles poderão buscar reposição.
Conforme Souza, todo o processo de desinfecção exigido pela Vigilância de Alimentos de Porto Alegre já foi feito e agora a fábrica aguarda apenas a finalização dos laudos. Antes da liberação, a Vigilância ainda fará uma inspeção no local.