CATÁSTROFE NO RS: Leite anuncia linhas de crédito e repasses para atingidos pelas enchentes

O governador Eduardo Leite visitou na tarde desta quinta-feira (7) a cidade de Muçum, no Vale do Taquari. O município é onde foi registrada a maior tragédia em decorrência das enchentes, com 15 pessoas encontradas mortas até agora. Roca Sales, com 10 mortos, é a segunda cidade com mais vítimas fatais.

• Mais duas mortes em decorrência das chuvas são confirmadas; total de óbitos sobe para 41
  

Após percorrer a cidade, Leite concedeu uma entrevista coletiva e disse que acionou os bancos estatais para que criem linhas de crédito. ”O Estado vai dispor recursos via nossos Banrisul, BRDE e Badesul, para fazerem linhas que vão ajudar as pessoas a se restabelecerem. Eu ainda não tenho ainda essas condições, o que pedi é que tenha prazo de carência, juro subsidiado.”

• FIQUE BEM-INFORMADO: ENTRE NA COMUNIDADE DO JORNAL NH NO WHATSAPP

Leite também afirmou que, além dos empréstimos para pessoas e empresas, o Estado deve destinar valores diretamente para a população mais carente. “Para as famílias que não tem absolutamente nada, temos o cadastro único, vamos dar suporte com recursos que serão entregues”, afirmou ele, citando o programa Volta Por Cima, que destina até R$ 2,5 mil às famílias de baixa renda.

Autodefesa e críticas à imprensa de fora

Uma entrevista concedida pelo governador ao canal Globo News na noite de quarta-feira (6) ganhou as redes sociais e repercutiu em todo país. Leite discutiu com o jornalista André Trigueiro após ser questionado sobre as medidas preventivas para evitar a tragédia.

O governador afirmou que o volume de chuvas que atingiu o Estado foi acima do esperado, apontando que não era possível prever a situação. Trigueiro, que é especialista em na cobertura ambiental, contestou Leite apontando para previsões anteriores que mostravam a chegada de chuvas intensas na região

Sem citar o nome do jornalista, Leite se defendeu na coletiva das críticas que vem recebendo pela política de prevenção da tragédia. “Vejo muitos comentários de veículos de imprensa que não são da região, não são nem do Estado, tratando como se fossem áreas de risco que o poder público negligenciou. Não, foram cidades inteiras, a gente não remove cidades inteiras”, afirmou.

Leite manteve o discurso de que não foi possível prever o volume de chuvas. “As previsões não vem com uma precisão absoluta. O que aconteceu, fugiu completamente a regra.”

Ainda na quarta, a Metsul Meteorologia publicou um comunicado afirmando que a declaração de surpresa do governador, que afirmou esperar 150 milímetros de chuva, não procedia.A Metsul destacou que os modelos adotados pela empresa já apontavam para 300 milímetros de chuva.