CATÁSTROFE NO RS: Governo volta a falar que choveu além do previsto, mas admite necessidade de "calibrar modelos"
Secretária estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, diz que Estado vinha monitorando as chuvas desde sexta-feira
A secretária de Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul, Marjorie Kauffmann, disse neste domingo (10) que choveu além do previsto no fim de semana passado, provocando uma enchente devastadora no Vale do Taquari. A fala segue no mesmo sentido do que diz o governador Eduardo Leite (PSDB). Marjorie admitiu, porém, que existe a necessidade de "calibrar modelos" para cenário de mais chuva em curto espaço de tempo. No dia 1º de setembro a MetSul Meteorologia alertou para volumes acima de 400 milímetros de chuva, bem acima do que diziam os alertas da Defesa Civil.
Moradora de Lajeado, Marjorie Kauffmann concedeu longa entrevista no fim da tarde deste domingo para a Rádio Independente. Disse que desde o dia 28 de agosto o Estado sabia "dessa chuvarada toda", mas "choveu mais que o previsto". Segundo ela, a Climatempo – empresa contratada pelo Estado para repassar informações à Sala de Situação – emitiu alertas, que foram repassados pela Defesa Civil estadual para as regionais e, por consequência, para as prefeituras. "Foram 20 boletins, três avisos meteorológicos e 19 alertas", listou.
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Para a secretária, os modelos que indicam os impactos de uma eventual enchente diante da quantidade de chuva precisam ser "calibrados" e, os planos de emergência dos municípios, revisados. "Temos que revisar os planos no sentido de prever proporções maiores das chuvas. Alguns desenhos precisam ser atualizados com estudos que levam em conta levantamentos pontuais como a drenagem urbana e a impermeabilização do solo", defendeu a secretária, dizendo que alguns estudos "foram feitos há muitos anos".
Na entrevista para a Rádio Independente, de Lajeado, a secretária também defendeu a necessidade de "conectar e capacitar cada vez mais" os agentes locais de Defesa Civil, de forma que "todas essas pessoas estejam articuladas". Ainda segundo Marjorie Kauffmann, "infelizmente a gente já estava preparado pela questão de Caraá" a partir da criação de grupos de crise, embora "as proporções aqui (no Vale do Taquari) sejam muito maiores".
