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Robô criado por alunos hamburguenses ajuda pacientes com Covid-19

Projeto idealizado por grupo de alunos do Colégio Marista Pio XII para amenizar os impactos sociais do isolamento é finalista de desafio da Nasa

Por João Victor Torres
Publicado em: 29.07.2020 às 21:31 Última atualização: 30.07.2020 às 12:27

Aline em videochamada com colegas para discutir o desenvolvimento do PING Foto: INÉZIO MACHADOGES
Estudantes da equipe Under Control 1156, de Robótica Educacional do Colégio Marista Pio XII, estão na final do Hackathon NASA Space Apps 2020 Covid-19 Challenge, desafio promovido pela incubadora da Nasa. O objetivo era buscar soluções para problemas que o mundo terá de enfrentar no cenário pós-pandemia. Os alunos ingressaram no seleto time de 40 finalistas, ao lado de outros quatro grupos brasileiros.

Aline Zarpellon, 17 anos, Gustavo Bays, 16, Daniele Suwa, Caroline Suwa, 16, Matheus Chanan, 16, e Gabriel Silveira, 18, que concluiu o 3º ano do ensino médio no final do ano passado e seguiu na equipe, criaram em menos de dois dias o projeto "Isolation Control", que estava dentro de uma das 12 propostas do concurso. A partir disso, a escolha do grupo foi por amenizar os impactos do isolamento social. Sendo assim, desenvolveram o PING, que é um robô, e uma espécie de companhia a pacientes diagnosticados com coronavírus e que precisam de hospitalização ou permanecer distante de familiares e amigos para não contagiá-los.

"O projeto final foi um robô de telepresença programado e desenvolvido com o objetivo de conectar pacientes internados por Covid-19 e idosos em lares, com seus familiares ou voluntários, oferecendo interações", explica Aline. Dentro disso, estão, por exemplo, "movimentação de braços, chamadas por vídeo, projeção de emojis e terapia vibracional (terapia utilizada em astronautas da Nasa, que busca diminuir a ansiedade e até auxiliar no tratamento de osteoporose) com o objetivo de criar um ambiente confortável e interativo para infectados pela doença", acrescenta a aluna.

O projeto

Após acessar a base de dados da agência espacial norte-americana, os estudantes observaram semelhanças no comportamento de pessoas com casos ativos de Covid e de quem passa longo tempo sem contato com outros humanos. "Eles encontraram vários casos em que puderam fazer paralelos entre astronautas com altos índices de isolamento, porque eles ficam muito tempo sem contato humano, e os pacientes que estão internados atualmente por Covid e que estão isolados completamente da família e amigos", pontua o mentor da equipe hamburguense, Bruno Toso, sobre o resultado da pesquisa.

Surpresa positiva

O sucesso da proposta foi tamanho que acabou pegando de surpresa até mesmo os próprios integrantes da equipe hamburguense de robótica. "Ser finalista no Space Apps da NASA foi algo surpreendente. O projeto foi desenvolvido inicialmente apenas pela experiência de participar do evento, mas acabou trazendo um resultado incrível", sublinha Aline. Além disso, a aluna relata que esta foi a primeira vez da Under Control 1156 disputando o desafio proposto pela incubadora da Nasa. "Tivemos 48 horas para desenvolver o projeto que visava solucionar o problema de isolamento social causado pela pandemia", complementa a estudante do Pio XII.

Expectativa agora é pelo resultado

Ainda não há data para que os resultados sejam conhecidos. Inclusive, os integrantes da equipe vasculharam o site da agência norte-americana na busca por respostas, mas ainda aguardam pela divulgação oficial. Além dos cinco brasileiros, incluindo os alunos de Novo Hamburgo, há mais sete equipe da América Latina disputando o desafio internacional.

Entenda como funciona o evento

O NASA International Space Apps Challenge é um hackathon que cada ano ocorre presencialmente em diferentes cidades do mundo e busca reunir equipes de diversos países para resolver os maiores desafios da Terra e do espaço. As equipes têm acesso a dados da Nasa e podem criar soluções para o futuro.

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