Barbie e a fome

Incrível como a onda, a moda, o momentismo vira a cabeça do povo. Todos seguem o fluxo como gado no abatedouro. Ninguém sabe o motivo, mas segue a ordem sem pensar.

Segundo apontamentos da imprensa, mais de 1,2 milhão foi para as filas infindáveis dos cinemas e mais, vestidos de rosa, consumindo, para postar nas redes sociais dizendo que "barbiezaram". O resultado? Mais de R$ 22 milhões para a produtora do filme que, no mundo inteiro arrecadou centenas de milhares de dólares no primeiro fim de semana.

Mas, o que chama a atenção neste momento é ver que o valor arrecadado com Barbie foi mais do que o governo federal destinou para saciar a fome de milhares de brasileiros. Isso mesmo. Apenas R$ 18 milhões em um mês (junho) foram aplicados no País onde milhares morrem sem ter o que comer ou estão desnutridos por má alimentação.

O problema todo é que vivemos em um mundo onde os ditames da onda pega homens e mulheres de todas as classes sociais. Tudo movido por uma campanha de marketing das grandes indústrias.

E sabem o que é pior? Quando dizem que são contra consumismo, que não aceitam o que vem dos Estados Unidos, que é um país mercantilista e que destrói o mundo.

O que fizeram com o senso? Não seria melhor apoiar bandeiras vindas da China, da África do Sul? Mas, nestes locais, a produção cinematográfica é tal qual a tupiniquim brasileira. Não que eu seja contra. Existe muita coisa boa sendo feita aqui. Mas, falta marketing.

Enquanto nossa gente morre de fome, gastamos em roupas cor de rosa choque, baldes de pipoca,e fast-food sem sabor de grandes corporações norte-americanas para dizer que "barbiezou"!

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