Cor-de-rosa

Sempre gostei da cor rosa, especialmente da tonalidade pink. Dia desses estava vestida, de cima a baixo, na cor que, em minha opinião, clareia e traz alegria, quando várias pessoas me afirmaram que eu estava vestida de Barbie.

Barbie, eu? Há algumas semanas fui jantar em um shopping que exibiu o famoso filme, que juntou filas enormes junto à bilheteria e também para conseguir uma foto junto ao carro cor-de-rosa, ícone da personagem. Fiquei impressionada com o fato de que a maioria das mulheres, jovens e meninas vestiam a cor rosa em seus vários tons desfilando por todo centro comercial. Nestas horas não tem como deixar de questionar sobre moda e preconceito em relação a tudo, inclusive às cores. Na ciência da psicodinâmica de cores, a gente estuda que cada nuance evoca determinados sentimentos.

Arquitetos, publicitários, marqueteiros e artistas plásticos utilizam-se deste conhecimento para cumprir com algum objetivo específico em relação às suas criações. Pois justamente o rosa tem a fama de despertar ternura, afeto, felicidade, doçura e, atualmente, feminilidade. Não é que, há pouco mais de 100 anos no ocidente, a cor rosa estava associada ao sexo masculino e a cor azul ao feminino? Isto mostra que estas correlações estão principalmente ligadas às questões culturais e situacionais da época, portanto, tendências sazonais.

Continuo fã do rosa, mesmo sujeita ao estereótipo do preconceito de que posso fazer parte do clube da Barbie. Até porque esta onda vai passar, é só dar um tempo, como tudo na vida. Como cantava Rita Lee, criticando o preconceito, em alto e bom tom, "nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é bunda, meu peito não é de silicone, sou mais macho que muito homem…" Eu diria que nem toda cor-de-rosa é Barbie. E a dita cor continuará linda para toda posteridade!