50 anos da Dindi

Minha amiga Dindi fez 50 anos comemorando com uma festa linda e emocionante essa data marcante. Ela anunciou seu rumo aos 100. E eu acredito que ela chegue lá, pois sua saúde, disposição e alegria sinalizam este caminho. Foi o aviso prévio de que em um pouco mais de um ano também chego nesse momento que queremos chamar de metade da vida.

Dindi comemorou junto de todos os leoninos, o que representou 27 bolos e velas para que a festividade acontecesse não somente por ela. Generosa, Dindi tem muitos amigos e é minha amiga desde os 4 ou 5 anos de idade. Nos conhecemos dançando balé e foi o que nos manteve próximas por toda a vida (além da minha amizade também especial com a Cris, sua mana como se chamam). Sabe quando uma família vai se formando a partir das escolhas de vida? Pois é, na dança, na escola, nas desventuras, Dindi aparece em mim, nas minhas fotos (fizemos uma releitura de uma imagem em que temos 4/5 anos), nos agradecimentos da minha dissertação de mestrado, em muito das minhas memórias, nos movimentos do meu corpo (afinal nossas referências se fizeram dançando) e em tantas outras sensações e percepções de quem viveu a vida compartilhando experiências por escolher estar junto.

Mas quando falo da Dindi, estou falando também de outras tantas amigas. Que dançam ou dançaram, que aprendem sobre a vida (na dança, na escola, nas viagens, nas festas, nos trabalhos, nas mudanças que a vida propõe) nos ajudando a viver. Muitas mulheres dão mais espaço para o amor conjugal do que a amizade. Eu digo que, quase todas aquelas que chamo de amigas, posso brindar o quanto a amizade nos fortalece e nos deixa lúcidas para seguir ano a após ano. E assim, seguimos nosso laço afetivo insubstituível. Valeu gurias!