Trecho da morte

Mais uma semana se passa e nos deparamos com acidentes e mortes na BR-116! Não é possível que continuemos a acompanhar passivamente, esperando que o governo federal aja de maneira efetiva. Em meu histórico profissional, fui socorrista e bombeiro voluntário, acompanhando, desde a década de 1990, a rotina neste trecho da rodovia que agora apelidamos de "trecho da morte". Neste ano, já contabilizamos mais de uma dezena de mortes na estrada mais importante do Vale do Sinos, a principal ligação entre a Serra e a capital.

Há que se lembrar que, quando o governo do Estado buscou aplicar recursos das privatizações na BR-116, a maioria de nossos representantes da Assembleia Legislativa disse um sonoro não, talvez por receio de represália dos eleitores de cidades sem acesso asfáltico.

Que nossa infraestrutura é deficitária, todos sabemos. Porém, o que não podemos continuar aceitando é que sigamos passivos ante o problema. É chegada a hora de cobrarmos as autoridades e de nos unirmos para encontrar as soluções que necessitamos para sanar as dificuldades que temos com a BR-116. Igualmente não é aceitável que, ante todos os acidentes, diga-se, diários da rodovia, nos contentemos com soluções paliativas, como apenas a sinalização. O momento exige ação e atuação daqueles que possuem a obrigação de dar respostas à população que sofre a cada dia e a cada acidente no "trecho da morte".

Enfim, nos unamos para transformar o trecho da morte em trecho das obras!

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