Um novo tributo a Jogos Vorazes
Franquia lança o quinto filme contando a história da origem do vilão da série, o Presidente Snow
A obra da escritora Suzanne Collins ganha mais um capítulo em Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, a parte 5 que na real é a parte “zero”, anterior aos acontecimentos que fizeram da tributo Katniss Everdeen (vivida pela então emergente e hoje oscarizada Jennifer Lawrence) a heroína do tordo que sai do Distrito 12 para encarar os cruéis jogos e o tirano presidente Snow (Donald Sutherland).
Para esta nova aventura na distópica nação de Panem (que seria uam espécie de América do Norte pós-apocalipse) a trama é transportada seis décadas antes da história do primeiro filme para conhecermos como o jovem Coriolanus Snow (vivido agora por Tom Blyth) ascende ao poder, em meio a juras de amor, traição e ódio. É a chamada prequel(a), história na qual se narra uma trama anterior à original.
O livro desta parte 5 foi lançado em 2020 (lembrando que a trilogia literária foi publicada entre 2010 e 2011 e os filmes em 2012, 13, 14 e 15), seguindo a fórmula de spin-offs que invadiram o cinema, TV, streaming e a literatura americana, desaguando pelo mundo afora.
Somos agora levados à 10ª edição dos jogos de vida ou morte da capital de Panem, na qual o jovem Snow é o mentor da tributo Lucy Gray Baird (Rachel Zegler), do Distrito 12, o mesmo de Katniss. É esta relação que delineará o futuro de Snow, que inicialmente não parece o cruel tirano que virá a ser.
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Estética x roteiro
O diretor de Jogos Vorazes 5 é o austro-americano Francis Lawrence, o mesmo das partes, 2, 3 e 4 da franquia cinematográfica. Ele surgiu no mundo pop com videoclipes de Alanis Morissette, Shakira, Britney Spears, Black Eyed Peas, Avril Lavigne, Lady Gaga e Beyoncé. E ainda tem no currículo filmes como Constantine (com Keanu Reeves), Eu Sou a Lenda (com Will Smith) e Água para Elefantes (com Robert Pattinson).
E é a sua estética de videoclipe e seu modo de encarar Jogos Vorazes que têm recebido mais elogios do que a própria história, que repete fórmulas dos primeiros filmes e torna, de certa forma, previsível o roteiro. Mas a produção vai agradar quem gostou dos outros filmes.
Há um certo incômodo pelas duas horas e meia de uma trama que traz subdivisões e alguns arrastos na condução. Mas o elenco - que além do destaque ao jovem casal protagonista tem ainda os carismáticos e experientes Peter Dinklage e Viola Davis - ajuda a salvar os deslizes do roteiro.
Não há cena pós-créditos, mas isso não quer dizer que os jogos não possam ganhar, dependendo da bilheteria, um novo capítulo em livro e no cinema. No voraz mercado cinematográfico (e literário) os tributos sempre podem render muito mais.
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