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Mais uma dança da gasolina na região

Preços que subiram há dez dias, quando havia chance da Petrobras reduzir valores, o que acabou (ainda) não acontecendo, voltaram a cair nesta semana no Vale do Sinos. Mas, um alerta: isso pode mudar novamente nos próximos dias

Publicado em: 24.11.2023 às 17:09 Última atualização: 24.11.2023 às 17:10

Nestes últimos dez dias, um fenômeno voltou a se repetir na região: a dança do preço da gasolina, com aquele sobe-desce que causa espanto e dúvidas ao consumidor sobre este mercado que tem os preços liberados, livres de tabelamento, apesar de haver um limite de margem de lucro que normalmente é fiscalizado pelo Procon na coibição às práticas abusivas ao consumidor.

Mas, desta vez, a notícia é boa: a gasolina teve uma redução de 50 centavos ou mais em vários postos de combustíveis do Vale do Sinos nesta semana.

Em boa parte, além da chamada disputa da concorrência de mercado, isso ocorreu devido à não concretização (pelo menos, por enquanto) do suposto anúncio de redução no preço da gasolina pela Petrobras, que ganhou força pouco antes do feriado de 15 de novembro, e que fez os preços dispararem no Vale do Sinos, onde, a bem da verdade, os valores estavam na época entre os mais baixos do Estado, segundo a pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A recuada as bombas nesta semana foi de 30 a 50 centavos nos valores que chegaram a ficar entre R$ 5,69 e R$ 5,79 após o feriado do dia 15. Nesta sexta-feira (24), o litro já era encontrado abaixo de R$ 5,30 (o valor mais baixo verificado era de R$ 5,23). Vale lembrar que antes da alta de dez dias atrás, a gasolina chegou a estar abaixo de R$ 5,10 e até abaixo de R$ 5,00 em alguns postos.

Especulações

Toda esta movimentação de sobe-desce tem a ver com a notícia ventilada pelo próprio governo federal na primeira metade do mês na qual se cogitava que , devido à baixa do petróleo no mercado mundial e queda do dólar, a Petrobras poderia anunciar uma redução em torno de 5% no preço do combustível, além de uma baixa que poderia ser de até de 10% no diesel.

Foi esta possibilidade de baixa da gasolina que curiosamente  fez os postos da região elevarem o valor que estava promocional, abaixo da média do preço gaúcho. Com o preço elevado ao patamar considerado "normal", os postos aplicariam a projetada redução.

Reunião com a Petrobras 

Mas uma notícia desta semana mudou um pouco o cenário, pelo menos por enquanto. Em reunião com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates,  o presidente Luiz Inácio Lula da Silva questionou a demora na possível redução, já que o cenário de redução do preço internacional do barril de petróleo e de queda do dólar favorecia esta queda.

Prates apresentou durante a semana dados e a justificativa de que seria melhor esperar os próximos dias para evitar muitas flutuações nos preços internos. Ou seja, de olho na economia internacional, há uma análise sobre os efeitos desta redução, seja no mercado, nas ações da Petrobras e também na inflação. Salvo algum fato anormal, a redução deve vir, só não se sabe quando. 

Vale lembrar que a última queda de preço da Petrobras ocorreu há um mês, em 21 de outubro, quando a gasolina teve redução de R$ 0,12 por litro - nesta época, o diesel teve um aumento de R$ 0,25 por litro.

Uma curiosidade: fontes do governo projetaram que se a Petrobras ainda estivesse com a política de paridade de preços internacionais em vigor (que foi alterada em maio deste ano), os valores da gasolina e do diesel estariam mais baixos do que os praticados atualmente.
 

Abasteça

A dica, em tempos de baixa do valor nas bombas, é aproveitar e deixar o veículo sempre abastecido, porque, para incorporar uma possível redução da Petrobras, certamente os postos vão dar, novamente, uma subida nos preços antes de aplicar a baixa.

Esta alta de preços deve levar novamente o preço para em torno dos R$ 5,69 ou R$ 5,79, como já ocorreu há dez dias.

E esse reajuste pode acontecer já nesta semana de final de novembro, provavelmente na virada do mês. Ou seja, não é bom não deixar o tanque vazio. 

 


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