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Opinião | Coluna do João Victor Torres COLUNA JOÃO VICTOR TORRES

Frentão de centro-direita planeja anúncio em breve e esquerda pode apostar na novidade

Eleição será apenas daqui um ano e meio, mas partidos políticos de Novo Hamburgo já deram início às tratativas internas para definir eventuais candidaturas à Prefeitura

Publicado em: 13.04.2023 às 11:14 Última atualização: 13.04.2023 às 11:40

Ninguém duvida do dinamismo da política. Uma verdade absoluta pode ruir em minutos e algo que parecia completamente impossível pode se concretizar em questão de segundos. Se na vida o tempo é relativo, as articulações partidárias possuem um 'timing' bem peculiar. Ainda faltam 18 meses para as eleições municipais, mas os caciques hamburguenses estão articulando a formação de alianças e garimpam nomes para a disputa em outubro de 2024. 

A centro-direita é quem está mais avançada dá para assim dizer. Cinco partidos estão organizando a formação do que já foi apelidado de frentão. Inicialmente, o bloco era formado por PSDB, PP, Republicanos, PSD e PL. As siglas estão praticamente acertadas e devidamente consolidadas. Inclusive, há pesquisa eleitoral coletada para aferir eventuais candidaturas em potencial de vitória.


A prioridade seria dos deputados estaduais e federais pela hierarquia, mas pelo que se sabe não devem fazer valer esta preferência. O atual vice-prefeito Márcio Lüders (PSDB) e os vereadores Raizer Ferreira (PSDB) e Gustavo Finck (PP) são apontados como possíveis postulantes à vaga.

Dentre os parlamentares em nível estadual e federal, o único nome que pode vir a mudar de ideia e concorrer é Delegado Zucco (Republicanos). Lucas Redecker (PSDB), Issur Koch (PP) e Gaúcho da Geral (PSD) não possuem esta ambição.

O grupo que acertou os ponteiros quer ampliar o leque para obter ainda mais apoio. Por conta disso, o MDB entrou na roda e é a bola da vez para ingressar no frentão.

Recentemente, o presidente municipal emedebista Deiwid Amaral conversou com o presidente estadual dos Republicanos, o deputado federal Carlos Gomes, em Brasília. A agenda ocorreu por acaso numa churrascaria da capital federal, mas virou pública. 

O curioso dessa movimentação é que o partido da prefeita Fatima Daudt poderia vir a apoiar até mesmo legendas que são ferrenhas opositoras do Executivo, casos de PP e Republicanos, por exemplo. Logicamente, se essa negociação prosperar. O MDB tem um histórico e representatividade local. Não aceitaria abrir mão novamente de uma corrida eleitoral e brigaria por espaço na cabeça ou no mínimo para composição da chapa majoritária.

Já pelo campo progressista da política de Novo Hamburgo, a esquerda não conta mais com o nome de Tarcísio Zimmermann. O ex-prefeito e ex-deputado anunciou a desfiliação do PT e nem nutre mais o desejo de disputar eleições. Com isso, surge a necessidade de uma renovação natural nos quadros e representantes deste segmento.

Há em curso uma verdadeira operação para sensibilizar o ex-vereador Fufa Azevedo (PT) a aceitar o desafio de concorrer a prefeito. Lideranças locais e estaduais estão empenhadas para fazê-lo topar a empreitada. 

De alguma forma, Fufa parece ao menos tocado com os apelos. Tornou-se figura presente em eventos de toda a natureza e integra as discussões políticas da cidade.

Por outro lado, do ponto de vista estratégico, é visto como um nome que apesar de não ser novo na política, não deixaria de ser uma novidade ao eleitor. É jovem e pode se consolidar no curto e longo prazo como uma liderança da esquerda que, hoje, tem apenas o vereador Enio Brizola (PT) com mandato.

O fato é que ainda há muita água para rolar até outubro de 2024, mas os nomes dos eventuais candidatos podem até mesmo ficar centrados em dois blocos. O frentão para monopolizar os votos de centro-direita e da direita e a esquerda que busca reencontrar protagonismo na cidade.

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