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Alambrado Anilado

Nas semifinais precisamos quebrar o tabu e reviver 2011

Por Jauri Belmonte

Estamos iludidos! Mais uma vez o futebol do Vale do Sinos tem a chance de conquistar o certame e, novamente, a chance é materializada na cor azul anil. Ou seja, o Esporte Clube Novo Hamburgo, que tem a camisa mais pesada do Vale do Sinos, segue vivo em busca de algo mais! Desacreditados, após um campanha pífia na primeira parte do campeonato, chegamos ao segundo turno sob olhares de desconfiança. Não nego que eu também desconfiava! Antes, durante e depois da pandemia não aspirávamos nada, apenas a alegria da isenção do rebaixamento e o alívio de não voltarmos à Divisão de Acesso.

Porém, com a concretização da retomada veio a remontagem do grupo de jogadores, algumas peças novas, um novo técnico e nove dias de preparação. Esse foi o tempo de trabalho entre a reapresentação e a entrada em campo para o primeiro jogo pós-pandemia: o Clássico do Vale. Calejados de três derrotas seguidas para o rival, o empate com o Aimoré, quando fomos melhores, não foi mau resultado; e três dias depois, vitória do Noia sobre o Zequinha, o que nem o mais otimista torcedor anilado imaginava.

Aos trancos e barrancos, na tarde desta quarta-feira (29), seguramos um empate em 0 a 0 com os reservas do Grêmio em Lajeado e garantimos nosso lugar nas semifinais. Não podemos esquecer da importância do Esportivo de Bento, que bateu o Juventude dentro do Jaconi, de virada, por 3 a 2.

Óbviamente que o desfecho de um enredo atabalhoado foi outro com a pandemia. Mas o Noia e o seu torcedor não têm culpa. O torcedor que torce em casa, abraçado em sua almofada anilada e enrolado em sua bandeira está iludido e tem direito total de sonhar até o fim de semana, quando o Anilado entrará em campo, novamente, contra os tricolores. Medo? Jamais! Mas, sim, respeito e humildade para encarar um time sólido e muito competitivo. É possível uma classificação para a final? O futebol, que não tem nada de ciência exata, nos prova que sim. Afinal, dentro da cancha são 11 contra 11 e as dificuldades existem para os dois lados, ainda que uma das partes respire com a ajuda de aparelhos em um futebol tão desparelho e discrepante quanto o do Rio Grande do Sul.

Ainda que em 2017 - ano mais épico da humanidade - tenhamos vencido o Grêmio nas penalidades no último dos três embates, o que nos deu direito de jogar a final, não tivemos o gostinho de vencer eles dentro nos 90 minutos. A última vez que isso aconteceu foi no início da década, no ano do nosso centenário, durante o Gauchão de 2011. Um 2 a 0 sobre o Grêmio, com o Estádio do Vale lotado. A maioria da torcida vestia as cores deles nas arquibancadas móveis! Nossos gols foram marcados por Cláudio Luiz e Rodrigo Mendes. O técnico tricolor, assim como em 2017: Renato Portaluppi!

Chegou a hora e precisamos estar prontos! Se em fevereiro fracassamos em nosso principal objetivo da temporada, que fora a Copa do Brasil, iniciaremos agosto com a chance de escrever uma história diferente. É a chance dos comandados de Marcio Nunes protagonizarem uma zebra sem tamanho e, quem sabe, deixarem o seu nome gravado na memória do torcedor Anilado.

Acreditamos, deixe-nos sonhar e lutem por nós!

Para cima do Grêmio, para cima de todos.

Força, Noia! És o maior do Vale!

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