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Eleições ELEIÇÕES 2022

Lula reforça críticas e fala em voto útil em passagem por Porto Alegre

Candidato foi incisivo contra o rival na corrida presidencial e falou em defesa às mulheres

Por Eduardo Amaral
Publicado em: 17.09.2022 às 03:00 Última atualização: 17.09.2022 às 10:53

Foco no voto útil, campanha pelos candidatos locais e aumento nas críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL) foram as marcas da passagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por Porto Alegre. O ex-presidente esteve nesta sexta-feira na capital. A campanha mostrou forte disposição a tentar a vitória ainda no primeiro turno, possibilidade que o PT vinha negando até poucos dias atrás.

Lula em Porto Alegre na sexta-feira
Lula em Porto Alegre na sexta-feira Foto: Paulo Pires/GES

Lula chegou a Porto Alegre por volta do meio-dia. Às 17 horas concedeu uma rápida entrevista à imprensa, onde buscou fazer contrapontos a Bolsonaro, principal rival na disputa pela Presidência. "Os milicianos que se apossaram desse País criaram um comportamento de agredir jornalistas", afirmou já no final da entrevista.

O tom mais forte contra Bolsonaro também mostrou uma mudança de estratégia de campanha. "Ele foi agora para o enterro da rainha (Elizabeth II) porque ninguém convida ele para nada aqui. Mas não visitou nenhuma família que perdeu alguém vítima da Covid. Temos um presidente que não governa, ele só espalha fake news."

Agronegócio

Desde que falou sobre o agronegócio ser fascista, Lula vem tendo que responder sobre a relação com o setor. Ao ser questionado sobre o futuro do Plano Safra, defendeu a ampliação de recursos para a agricultura familiar, afirmou que sempre teve boa relação com o agronegócio, mas falou sobre os motivos que acredita serem responsáveis pela rejeição. "O ódio do agronegócio é ideológico. Tem uma parte que não gosta da gente porque não vamos permitir o desmatamento da Amazônia."

Coadjuvantes

Um Largo Glênio lotado esperava a chegada de Lula e dos demais apoiadores que subiram ao palco montado na frente do Mercado Público de Porto Alegre. O ato de campanha começou com a execução do Hino Nacional.

Randolfe Rodrigues, senador da Rede pelo Amapá, fez campanha aberta pelo chamado voto útil, pedindo claramente a migração dos votos de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). "Se o senhor do fascismo ganhar, esse direito (de votar) estará em risco", disse.

Dilma Rousseff foi muito aplaudida pelos militantes ao subir no palco e mandou recado ao PDT, partido onde retomou sua carreira política pós-redemocratização.

"Tenho certeza que se Leonel Brizola estivesse vivo, estaria neste palanque. Não vacilou e apoiou Lula quando esteve em um processo eleitoral junto com ele." Neste fim de semana Lula estará em Curitiba e Florianópolis.

Foco nas mulheres

Lula também utilizou por, pelo menos duas vezes, a palavra genocida para se referir ao presidente. O candidato focou ainda na questão da violência contra a mulher em seu discurso aos milhares de apoiadores. "A gente vai ter que mudar com lei mais dura, com combate ao crime organizado, com educação sabendo que a mulher não é objeto, ela é sujeito da história."

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