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Eleições SEGUNDO TURNO

Pretto diz que Leite precisa dar 'motivos' para ganhar apoio petista

Votos do candidato do PT são apontados como fundamentais para o segundo turno na disputa entre Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB)

Por Eduardo Amaral
Publicado em: 07.10.2022 às 15:49

Candidato derrotado no primeiro turno da eleição estadual, Edegar Pretto (PT) pode ser o fiel da balança neste segundo turno junto com seu partido. O deputado estadual ficou de fora do segundo turno por 2,4 mil votos a menos de Eduardo Leite (PSDB), que segue na disputa contra Onyx Lorenzoni (PL).

Edegar Pretto (PT)
Edegar Pretto (PT) Foto: Marcelo Bertani/Agência ALRS

Mas um eventual apoio formal do petista para o tucano só será possível se Leite também der apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto na disputa com Jair Bolsonaro (PL).

"O Partido dos Trabalhadores – que eu pertenço, que têm instância partidária que funciona, que tem direção – está ainda elaborando e formulando qual será a nossa posição. Nós tiramos já, desde domingo, que iríamos nos orientar pela decisão nacional. Nossa prioridade é a eleição do presidente Lula”, afirmou Pretto.

O deputado estadual que assumiu a coordenação da campanha de Lula no Estado, diz que seguirá a orientação do partido, mas afirma que gostaria de ter uma orientação de voto para dar aos militantes, mas acha impossível fazer isso sem uma posição mais clara de Leite que declarou neutralidade nesta sexta-feira.

"Gostaria de ter uma orientação de aqui no Estado, mas obviamente eu quero motivos, como disse ao governador Eduardo Leite ontem [quinta], para a gente participar da eleição do segundo turno também aqui no Rio Grande do Sul."

Leite ligou para Pretto na quinta-feira (6), um dia antes de anunciar sua posição de neutralidade. Segundo o petista, a conversa foi amigável e deixou em aberto uma mudança de postura do tucano com o decorrer da campanha.

"Ele [Leite] me falou que iria tomar essa posição, inicialmente, de neutralidade e que nós voltaríamos a conversar. Disse a ele que, assim como o nosso apoio a ele é muito importante, o apoio dele ao presidente Lula também é. Nós precisamos desse gesto da campanha da candidatura e do próprio ex-governador Eduardo Leite."

Vencer Jair Bolsonaro e o bolsonarismo é, segundo Pretto, o grande objetivo do PT neste segundo turno. "Meu voto nenhum bolsonarista terá", afirma Pretto, que ainda destaca que o grande número de políticos que já declararam apoio a Bolsonaro, e estão na campanha de Leite, também dificulta a aproximação dos dois.

Diversidade na chapa

Vice na chapa de Leite, o também deputado estadual Gabriel Souza (MDB) avalia que a neutralidade da chapa é uma forma de respeitar a diversidade dos integrantes do grupo que apoia o ex-governador.

O MDB é um dos partidos que se vê dividido, inclusive com alguns membros importantes como o deputado federal Alceu Moreira, embarcando na campanha de Onyx Lorenzoni. "Alguém que não aceita a decisão na maioria da convenção e ainda assim insiste em apoiar outra candidatura, o que eu posso fazer é lamentar, mas não vou comentar mais do que isso porque quero ganhar a eleição e o MDB está extremamente envolvido nessas tarefas", minimiza Souza.

Souza ainda refuta a proximidade de projetos entre Onyx e o MDB, que tem diversas alas próximas ao bolsonarismo e integrou os governos tucanos no Rio Grande do Sul e se mostra disposto a estar na próxima gestão, independentemente do vencedor.

"Nosso adversário, ele tem uma uma agenda totalmente divergente da nossa dos últimos oito anos, do governo Sartori e Eduardo. Ele defende aumento de gasto, ou seja, retrocedendo ao passado onde quando não tinha dinheiro para pagar suas contas”, afirma o deputado que refuta discutir agora a presença do MDB em um futuro governo Onyx.

"O MDB está extremamente envolvido na campanha e nós vamos ganhar."

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