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Notícias | Canoas POLÍTICA

Prefeito em exercício de Canoas está confiante que Jairo Jorge reassumirá cargo após reviravolta na Justiça

Na quarta-feira, presidente do STJ suspendeu a tramitação do processo criminal que afastou o político do cargo em março

Por Redação
Publicado em: 14.07.2022 às 11:55 Última atualização: 14.07.2022 às 11:55

Nedy de Vargas Marques assumiu a Prefeitura de Canoas no dia 31 de março, quando o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) desencadeou a Operação Copa Livre, que afastou o então prefeito Jairo Jorge. Desde então ele tem sido enfático em seu posicionamento de que Jairo irá retornar à administração municipal. Ele repetiu o discurso na manhã desta quinta-feira (14). De acordo com Nedy, o prefeito jamais deveria ter sido afastado do cargo.

"Sempre deixei muito clara que a minha expectativa e a minha vontade é para que o prefeito Jairo Jorge volte ao cargo, porque, para mim, o prefeito Jairo Jorge nunca deveria ter sido afastado da Prefeitura", defendeu.

Prefeito em exercício, Nedy de Vargas Marques está confiante com o retorno de Jairo
Prefeito em exercício, Nedy de Vargas Marques está confiante com o retorno de Jairo Foto: PMC/DIVULGAÇÃO
O prefeito em exercício confirmou ter acompanhado a reviravolta que o caso teve na manhã de quarta-feira (13), quando o ministro Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu habeas corpus à defesa de um dos denunciados pelo Ministério Público no âmbito da Operação Copa Livre, suspendendo a tramitação do processo criminal que afastou do cargo o prefeito.

"Eu nem entro na questão da investigação do Ministério Público, porque não me cabe a mim, analisar isso, mas falo como cidadão que trabalha e convive com Jairo Jorge", frisa. "Tenho certeza que a Justiça vai esclarecer o que aconteceu e estou confiante que o prefeito Jairo Jorge vai retornar em breve".

Entenda a reviravolta do caso

A reviravolta na Operação Copa Livre saiu com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que concedeu habeas corpus à defesa do investigado Marcelo Squassoni (Republicanos), suplente de deputado federal de São Paulo. Por ocupar mandato à época dos fatos apontados pelo MP do Rio Grande do Sul, ele teria direito ao foro privilegiado.
Sendo assim, a investigação deveria ter sido levada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e não tramitado na Justiça gaúcha. Tal argumento foi acatado pelo STJ e o processo deve ficar suspenso até o julgamento do habeas corpus pela 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, o que ainda não tem prazo para acontecer.

A Operação Copa Livre

Jairo Jorge foi afastado do cargo no fim de março em meio a uma investigação por corrupção em contratos. Segundo o Ministério Público, Jairo Jorge teria acertado com empresários paulistas a contratação de empresas terceirizadas mediante fraude e recebimento de propina. O acordo teria sido fechado no dia 25 de setembro de 2020, antes da eleição de Jorge, num badalado restaurante de São Paulo.

Contrapondo a acusação, Jairo apresenta que no mesmo dia citado pelo MP estava com uma agenda completa em Canoas, inclusive fez uma live na internet com o deputado estadual Gaúcho da Geral (PSD). Além desta agenda, detalha outras reuniões naquele 25 de setembro de 2020. “É impossível estar em Barueri às 12h30 e estar em Canoas às 13h30”, argumenta.


Foram 17 denunciados pela Justiça

Na semana passada o Ministério Público gaúcho apresentou denúncia contra o prefeito afastado Jairo Jorge e outras 16 pessoas. Entre os envolvidos há servidores públicos e empresários investigados por crimes como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e peculato. Os supostos crimes teriam ocorrido entre 2020 e 2021 e se referem a dispensa de licitação e contratos para prestação de serviços terceirizados de limpeza e copeiragem, razão pelo qual a ação foi batizada de Operação Copa Livre.

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