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Notícias | Canoas BRUTALIDADE

BRIGA DE TRÂNSITO: Dupla é presa por espancar motorista que morreu dias depois no hospital em Canoas

Segundo a Polícia Civil, imagens de vídeos mostram os dois homens agredindo Luiz Augusto dos Santos Lopes, de 57 anos, sem "nenhuma atitude de remorso ou culpa"

Publicado em: 22.06.2023 às 12:04

Os dois jovens suspeitos de espancar um motorista em Canoas foram presos preventivamente na manhã desta quinta-feira (22). Conforme a Polícia Civil, imagens de câmera de segurança mostram os jovens de 22 e 24 anos agredindo a vítima com socos e chutes. A dupla alega legítima defesa. O homem agredido morreu 13 dias depois em decorrência dos ferimentos.

Aos 57 anos, Luiz Augusto dos Santos Lopes se recuperava de um derrame quando na noite do dia 13 de maio se envolveu em uma discussão de trânsito na Avenida 17 de Abril, no bairro Guajuviras.

Justiça bateu o martelo e Polícia Civil executou prisões nesta quinta-feira (22)
Justiça bateu o martelo e Polícia Civil executou prisões nesta quinta-feira (22) Foto: POLÍCIA CIVIL/REPRODUÇÃO
O que era uma discussão virou espancamento. Após as agressões Luiz Augusto internado no Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), onde morreu.

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas teve acesso a uma câmera de segurança que esclareceu o crime. Os agressores atacaram Luiz Augusto e, quando ele tenta fugir, é segurado e agredido novamente e golpeado na cabeça.

Segundo o delegado Arthur Hermes Reguse, responsável pela Homicídios, logo após o óbito da vítima os dois jovens procuraram a Polícia acompanhados de um advogado. A justificativa já era de ação em legítima defesa.

O delegado, no entanto, lembra que em vídeos gravados por testemunhas é possível ouvir pessoas pedindo para os agressores pararem com a briga e mesmo assim não houve nenhuma atitude de remorso ou culpa por parte dos jovens no momento das agressões.

"O laudo de necrópsia apontou que a causa morte foi trauma cranioencefálico", explica. "Ele teve fraturas na lateral da cabeça e afundamento do crânio. Desde o início da investigação ficou claro não se tratar de um caso de legítima defesa".

A própria vantagem numérica dos agressores é agravante, esclarece Reguse. Isso porque eram dois jovens lutando contra um homem de 57 anos caído no chão, razão pelo qual a Justiça acabou o pedido de prisão preventiva.

"A investigação foi muito bem conduzida e o Poder Judiciário acabou acatando decisão por entender ser o mais adequado neste contexto", frisa. "Acho que esse caso serve de exemplo contra a violência extrema no trânsito que tem sido vista dia a dia no Brasil".

 

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