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Notícias | Canoas VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Homem com tornozeleira para monitorar agressores é preso após se aproximar de zona de segurança da vítima

Ele está inserido em novo programa que protege mulheres e foi o primeiro a ser preso neste sistema; caso aconteceu em Canoas

Publicado em: 23.06.2023 às 22:08

Um homem foi preso em flagrante pela Brigada Militar (BM) na tarde desta sexta-feira (23), em Canoas, após descumprir a zona de segurança de uma mulher, amparada por medidas protetivas da Lei Maria da Penha. O preso já havia sido detido, também em flagrante, no dia 12 deste mês, ocasião em que foi inserido no projeto Monitoramento do Agressor, em substituição à prisão.

Tornozeleiras são colocadas em agressores e vítimas recebem celulares para monitoramento | Jornal NH
Tornozeleiras são colocadas em agressores e vítimas recebem celulares para monitoramento Foto: SSP/Divulgação

Desde então, ele utiliza uma tornozeleira eletrônica que emite um alerta no momento em que entra no perímetro delimitado pela Justiça, indicando que deve se afastar. Como descumpriu, um segundo alerta foi emitido e a guarnição da BM mais próxima foi ao agressor e efetuou a prisão. Após, o monitorado foi conduzido à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Canoas e depois ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp).


O programa teve início no começo de junho. Desde então, sete agressores são monitorados pelo Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) da Secretaria da Segurança Pública (SSP). De forma gradual, entrarão em operação os dois mil kits de equipamentos. Porto Alegre e Canoas iniciaram o serviço, que será expandido para os demais municípios do Rio Grande do Sul.

O equipamento de prevenção a feminicídios garante o rastreamento dos passos de agressores para evitar que se aproximem de vítimas amparadas por medidas protetivas com base na Lei Maria da Penha. “As equipes vêm trabalhando, de forma ininterrupta, na vigilância e monitoramento dos tornozelados. Seguiremos atuando em várias frentes para combater os crimes de feminicídio no Rio Grande do Sul”, ressaltou secretário da Segurança Pública, Sandro Caron.

Como funciona

Após a instalação da tornozeleira no agressor, a vítima recebe um celular com um aplicativo dedicado exclusivamente a essa finalidade. Em caso de aproximação, o equipamento emite um alerta. Se o agressor não recuar e ultrapassar o raio de distanciamento, o aplicativo mostrará um mapa em tempo real e alertará novamente a vítima e a central de monitoramento. A zona de exclusão determinada pelo Judiciário será mantida em sigilo.

O aplicativo não pode ser desinstalado e permite o cadastro de familiares e pessoas de confiança com as quais a vítima possa estabelecer contato em caso de urgência. Já as tornozeleiras possuem travas de titânio, que sustentam mais de 150 quilos de pressão. Ao tentar puxar ou cortar, os sensores internos enviam alarme à central.

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