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Notícias | Especial Coronavírus Mobilização

Em ato na Pista de Eventos, grupo de Novo Hamburgo pede a reabertura do comércio

Manifestação teve início às 14 horas e reivindicou também a redução de 30% dos salários dos políticos

Por Adriana Lima
Publicado em: 06.04.2020 às 16:01 Última atualização: 06.04.2020 às 16:36

Manifestação na Pista de Eventos de Novo Hamburgo pede a reabertura do comércio na cidade Foto: Adriana Lima/GES-Especial
Numa mobilização que teve início nas redes sociais, um grupo de moradores de Novo Hamburgo se reuniu na Pista de Eventos, no bairro Pátria Nova, na tarde desta segunda-feira, dia 6, para pedir a reabertura do comércio local. Conforme uma das organizadoras, a técnica de regulação médica, Carina Belomé Lemes, "a iniciativa popular pede a flexibilização na reabertura do comércio e das indústrias e também o isolamento vertical, ou seja pessoas do grupo de risco em casa, como idosos e enfermos em casa, para que possamos conseguir manter a máquina girando e manter também os empregos", destacou.

O grupo pedia ainda a redução de 30% no salário dos políticos do Município e do Estado e redirecionamento de verba para a saúde pública. "Autônomos e desempregados, como eu, são os que mais estão sofrendo, recebemos até pedido de doação de alimentos. Precisamos observar as pessoas mais necessitadas, até pelo meu histórico pessoal, eu sei o que é não ter comida em casa", citou.

Carina ainda falou sobre a saúde. "Já foi comprovado que o isolamento horizontal continua infectando as pessoas, infelizmente acredito que ninguém vai fugir, mas parar a economia agora é gerar um problema ainda maior, além do desemprego, como suicídios."

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Alessandro Juliano Schefer, empresário Foto: Adriana Lima/GES-Especial
"Não tenho caixa para continuar por mais dois meses assim", reivindica empresário

Participante da manifestação, o empresário que tem um escritório de representação comercial em Novo Hamburgo, Alessandro Juliano Schefer, lamenta as perdas nas vendas neste período. "Os lojistas estão todos fechados, não consigo replicar minhas vendas. Não sei como vai ficar a minha situação, não tenho caixa para ficar por dois meses assim. Tenho quatro clientes atendendo online, muitos pedidos cancelados, tudo isso impacta em 100% as minhas vendas. Para se recuperar vai ser um ano meio, dois anos, os grandes conseguem lidar com empréstimos, mas e eu que sou pequeno? Vamos ter que vender o almoço para pagar a janta", comenta.

Bom senso, pede prefeita

Em entrevista à Rádio ABC no domingo, a prefeita Fatima Daudt falou sobre o fechamento do comércio, propondo um atendimento individualizado, conforme decreto e informou que o momento é de bom senso. "O que estamos fazendo em Novo Hamburgo, e outras cidades também fazem, é tentar segurar o contágio. No momento que temos o pico de contágio muito grande o caos se instala. Se todos formos responsáveis neste período e conduzir com mais coerência, certamente vamos passar por isso.

No momento que se quer o extremo, libera tudo, vamos deixar todos irem para as ruas e se contagiarem, ou de outra forma deixar todo mundo em casa, toque de recolher, não será efetivo. Então temos esse meio termo que no momento podemos exercer o equilíbrio. Agora é preciso ter esse bom senso, se tivermos o caos na saúde e que a saúde no Brasil não consiga atender a todos e hoje já temos vários problemas, como a falta de EPIs, que não se consegue comprar. Então é preciso sim bom senso", destacou.

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