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Notícias | Especial Coronavírus Crise na Saúde

Hospitais de Tramandaí e de Osório têm leitos de UTI bloqueados por falta de medicamentos

Juntas, as duas casas de saúde têm 26 leitos para tratamento intensivo

Publicado em: 14.07.2020 às 12:58

Leitos de UTI do Hospital Municipal Getúlio Vargas e do Hospital Tramandaí estão bloqueados Foto: Fundação Hospitalar Getúlio Vargas

O Hospital Tramandaí, em Tramandaí, e o Hospital São Vicente de Paulo, em Osório, estão com leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) bloqueados. A medida radical, adotada pelas duas administrações, se dá devido à falta de medicamentos essenciais, sobretudo para a manutenção de pacientes entubados e em ventilação mecânica, muitos em tratamento para Covid.

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A direção da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, que administra o Hospital Tramandaí e o Hospital Municipal Getúlio Vargas, em Sapucaia do Sul, tomou a decisão nesta segunda-feira (13), considerando também a superlotação das UTIs nos dois hospitais – 16 pacientes ocupam 100% das UTIs em Tramandaí e 17, em Sapucaia do Sul). Já a administração do Hospital São Vicente de Paulo iniciou o bloqueio de cinco dos dez leitos no último dia 5 de julho.

"Sedativos e outros medicamentos necessários para o tratamento dos pacientes, para elevar a pressão e garantir a segurança da internação, estão escassos e, por isso, não temos como receber novas internações, pois precisamos garantir a vida dos que já estão internados," afirma o diretor geral da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas, Gilberto Barcihello.

Ainda segundo o diretor, a medida também foi tomada para a segurança dos profissionais dos hospitais. Um novo carregamento de medicamentos está previsto para chegar na quarta-feira, dia 15 de julho. “A partir desta remessa, vamos avaliar conforme o quadro se apresentar”, diz Barichello.


Situação vem desde o mês passado

No início do mês, a falta de medicamentos sedativos obrigou o Hospital Sagrada Família, de São Sebastião do Caí, a bloquear dois dos cinco leitos da UTI para pacientes com Covid-19. As estruturas foram habilitadas pelo Governo do Estado no mês passado.  

A falta de insumos hospitalares, entretanto, foi alertada, no final do mês de junho, pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Filantrópicos e Religiosos.

De acordo com as entidades, a demanda dos últimos três meses pelos medicamentos que compõem o chamado kit entubação nas UTIs, já equivale à totalidade do que foi utilizado em todo o ano de 2010 no Estado. As dificuldades em comprar os kits ocorrem por dois motivos: a alta de manda e os preços elevados.

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