Futuro aeroporto da Serra gaúcha deverá receber 1 milhão de passageiros por ano; saiba mais
Conforme o secretário de Logística e Transportes do Estado, Juvir Costella, aeroporto será o segundo maior do Estado
Uma reunião entre as prefeituras de Caxias do Sul e Gramado com o governo do Estado trouxe novidades sobre o futuro do aeroporto de Vila Oliva. Na audiência, houve a apresentação do estudo preliminar de viabilidade. Produzido pela empresa Infra SA, a estimativa é que o custo estimado para construção, operação e ligação rodoviária de 41,8 quilômetros fique em, aproximadamente, R$ 520 milhões. O empreendimento deve trazer mais de 1 milhão de passageiros por ano.
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O estudo aponta três cenários de viabilidade, que incluem a construção e operação do aeroporto, além da ligação rodoviária, que vai da Rota do Sol até a ponte que separa Caxias do Sul de Gramado. Apesar da estimativa apresentada, os valores exatos só serão conhecidos após a realização do projeto executivo.
Durante os debates, constatou-se que o cenário mais vantajoso seria a construção do aeroporto com parte dos recursos oriundos do poder público. Seriam cerca de R$ 200 milhões, já previstos pela Secretaria da Aviação Civil (SAC).
“O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, me garantiu: se terminar o projeto, o dinheiro sai. Já estão garantidos, hoje, R$ 204 milhões”, afirmou o senador Luis Carlos Heinze.
A audiência teve a presença do prefeito de Caxias, Adiló Didomenico (PSDB), da vice-prefeita Paula Ioris, do senador Luiz Carlos Heinze (PP) e do prefeito de Gramado, Nestor Tissot (PP). De forma virtual, participaram Márcio Maffili, da Secretaria da Aviação Civil (SAC), e Anselmo Caetano, engenheiro da Iguatemi, responsável pelo projeto do aeroporto.
Três cenários estudados
Caxias do Sul já possui a área de 450 hectares e obteve a outorga do aeroporto. Na reunião, três cenários foram debatidos sobre o futuro da operacionalização do local: concessão, parceria público-privada ou obra pública.
O cenário de maior viabilidade aponta, de acordo com os dados apresentados pela empresa Infra SA, para a concessão do complexo aeroportuário por 30 anos.
“Concluímos que a alternativa em que a iniciativa privada é a capitaneadora do aeroporto e dos acessos é a mais viável. O aeroporto tem enorme perspectiva”, diz o superintendente de aeroportos da Infra SA, Cícero Filho.
Assim, a futura concessionária aportaria pouco mais de R$ 320 milhões em 41,8 quilômetros de estrada, incluindo a melhoria do trecho já asfaltado entre a Rota do Sol e Vila Oliva, asfaltamento e implantação em direção a Gramad, além da construção da ponte entre os municípios.
“Juntando transporte de passageiros e de cargas, negócios e turismo, a viabilidade do aeroporto está mais do que confirmada. Não importa de que maneira, quem irá fazer, o importante é que o aeroporto saia do papel”, aponta o prefeito de Gramado, Nestor Tissot.
Além das ligações à Rota do Sol e Gramado, são projetadas outras estradas. Acesso a São Marcos e Vacaria e para cidades dos Campos de Cima da Serra também devem ser estudadas. Uma nova reunião será realizada com a participação de outros municípios, para pensar em vias alternativas.