A prefeita de Novo Hamburgo, Fatima Daudt, afirma que a mudança da região para a bandeira vermelha no modelo de distanciamento controlado do Estado já era esperada. O motivo, de acordo com a chefe do Executivo, foi o “crescente número de casos e a alta taxa de ocupação dos leitos de UTI nos últimos dias, que se mantiveram mesmo com as medidas adotadas nas últimas semanas pelo Município”, destacou.
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As novas regras, mais restritivas, passam a valer na próxima terça-feira (23) e serão seguidas, segundo Fatima. “O Executivo irá cumprir todas as determinações exigidas na nova bandeira, atendendo exigência legal a respeito”, pontua.
Desde o último decreto, Fatima relata que houve uma intensificação na fiscalização, o que deve se manter. “Ficou bem mais rigorosa. Já tínhamos dado início, antecipando ações à bandeira vermelha”, resume.
Outras medidas realizadas pela Prefeitura também são destacadas pela chefe do Executivo, como ampliação no número de leitos de UTI e restrições da vida social. “Seguem com foco em duas frentes: melhoria da estrutura de atendimento a pandemia e conscientização da população para a prevenção ao contágio, valorizando o distanciamento social, higiene pessoal e uso de máscaras”, destaca.
Assim, a Administração Municipal faz um apelo pela colaboração da população. “A Prefeitura espera que, agora, a parcela da população que não estava respeitando as regras de prevenção ao contágio da Covid-19, leve em conta os impactos de suas atitudes tanto na saúde quanto na economia da cidade”, diz. Fatima lembra que ações realizadas hoje, repercutem cerca de duas semanas depois. “O vírus tem cerca de 15 dias para se manifestar. E a gente faz o trabalho de fiscalização, mas depende muito das pessoas também”, diz.
Por fim, a prefeita ressalta que, considerando os impactos na saúde e na vida econômica dos hamburguenses, “a meta é reverter o quadro no menor prazo possível”, conclui.
Nesta rodada do distanciamento controlado, a região de Novo Hamburgo apresentou piora em todos os indicadores que mensuram a propagação da doença. Exemplo disso é a média de atendimentos no Centro Covid do Município, que cresceu 72% em junho. Nesta semana, Novo Hamburgo chegou a ficar com 100% de lotação nas UTIs dos três hospitais.