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Notícias | Novo Hamburgo Coronavírus

Fatima Daudt se diz a favor do tratamento precoce da Covid quando 'for uma conduta médica'

Prefeita de Novo Hamburgo participou de reunião com especialistas na terça-feira (7) e destacou que a utilização dos medicamentos não deve ocorrer sem prescrição

Por João Victor Torres
Publicado em: 08.07.2020 às 20:30 Última atualização: 08.07.2020 às 21:10

Prefeita Fatima Daudt Foto: Inézio Machado/GES
Lideranças de várias regiões do Estado, incluindo a Associação dos Municípios do Vale do Rio dos Sinos (Amvars), participaram na terça-feira (7) de reunião com médicos, senadores e até mesmo um procurador da República para discutir o tratamento precoce da Covid-19, a partir de um kit formado por uma série de medicamentos, como a cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina, por exemplo.

A prefeita Fatima Daudat se posicionou favoravelmente nesta quarta-feira (8) desde que esta seja, “uma conduta médica, na qual o médico faça a prescrição do medicamento conforme a necessidade e o paciente esteja ciente dos riscos”, escreveu em sua conta oficial no Facebook, onde também enaltece que a eventual ação não exclui a manutenção das normas de distanciamento social e a obrigatoriedade do uso de máscaras por parte da população.

De acordo com Fatima, dois grandes grupos foram consultados – os que são favoráveis e os contrários. Entre aqueles que demonstraram otimismo em relação ao assunto, “indicaram a prescrição de medicação no início dos sintomas, mesmo que os estudos disponíveis não sejam conclusivos, pois a pandemia justifica a aplicação sem ter a base científica. Neste caso, seria prescrito uma medicação 'off label', ou seja, um remédio que é usado para outro fim que não o especificado na bula”, sinaliza a prefeita.

Já quem não consideram a medida segura o argumento, segundo a chefe do Executivo hamburguense, é “que remédios podem apresentar efeitos colaterais e seria muito perigoso colocar a vida do paciente em risco mesmo sem saber se ele vai desenvolver sintomas mais graves da Covid-19 ou ainda outro tipo de doença no futuro como síndromes”, pondera. Além disso, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e outros organismos internacionais também não concordam com a implementação do tratamento precoce.

Por outro lado, os demais representantes de Executivos que formam a Amvars ainda debatem o assunto com as equipes médicas locais. Nos próximos dias, conforme adiantou a presidente da entidade e prefeita de Dois Irmãos, Tânia Terezinha da Silva, uma nova rodada de discussões deve ser convocada para que seja tomada uma decisão em nível regional. Apesar disso, por mais que a Amvars possa deliberar pela adoção do tratamento precoce, Tânia ressalta que cada município possui autonomia para definir as ações de enfrentamento à pandemia.

Um dos grandes entraves para a implementação do protocolo está na garantia de assistência dos medicamentos por parte do Sistema Único de Saúde (SUS). “Já estamos cobrando junto a esferas superiores para que os medicamentos sejam garantidos no mercado e à disposição da população através do SUS”, complementa Fatima. “Lembro que Novo Hamburgo é uma cidade com 250 mil habitantes e nossa realidade, por óbvio, não pode ser comparada com as das cidades menores”, finaliza a prefeita.

Além dos prefeitos da Amvars, representantes das associações dos municípios do Vale do Caí (Amvarc) e do Vale do Taquari (Amvat) participaram da reunião com especialistas no começo desta semana. 

Na região de cobertura do Jornal NH, até agora, apenas o município de Parobé deu início a distribuição do kits de tratamento precoce. Entretanto, os medicamentos que formam o conjunto são a azitromicina, ivermectina, tamiflu e paracetamol. A cidade do Paranhana ainda aguarda receber do Estado doses de cloroquina. 

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