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O grupo de cerca de 50 pessoas, que representa 71 transportadores associados, busca algum tipo de auxílio financeiro aos profissionais que estão sem poder trabalhar desde março, quando as aulas foram interrompidas e as escolas fechadas.
Uma comissão foi recebida por representantes das secretarias de Desenvolvimento Urbano, de Desenvolvimento Econômico e também do Sebrae. "Nos primeiros encontros foi nos dito que um auxílio financeiro não era possível por questões legais, mas agora sim há essa possibilidade por lei, porém foi explicado que a Prefeitura não tem dinheiro para isso", lamenta Márcio Rogério Kowalski, membro da diretoria da associação, ressaltando que a categoria segue tentando viabilizar algum recurso também através do governo estadual.
Sobre a possibilidade de realizar fretamentos, que foi liberado aos transportadores pelo decreto 9.315/2020 de 16 de julho, os trabalhadores são enfáticos em dizer quer a medida não muda em nada a situação. “É chover no molhado pois quem já atua nisso enfrenta dificuldade”, opina Kowalski. Para o tesoureiro da associação, Luis Henrique Soares, a medida não é viável: “podemos transportar poucas pessoas por causa do distanciamento, sendo que já poucas utilizando o transporte coletivo nesse período. Além disso, é tirar de outros profissionais da área de transporte que também estão sofrendo”, avalia.Os transportadores também fizeram pedidos para reavaliação da regulamentação da atividade, isenção de taxas para 2021 e a retomada do Conselho Municipal de Trânsito.
Ainda na negociação os transportadores encaminharam um pedido para reavaliar a regulamentação da atividade de transporte escolar, assim como fizeram o pedido de isenção de taxas para o exercício de 2021, como forma de amenizar as perdas. “Também solicitamos a retomadas das atividades do Conselho, com representação da nossa classe também”, explica Kowalski.
Os meses sem faturar pesam no bolso dos trabalhadores, já que muitas famílias tem na atividades o seu sustento. “Estamos nos encaminhando para o final de julho e conseguimos trabalhar pouco menos de um mês, que foi o único dinheiro que recebemos. Eu e meu marido estamos sem renda desde então, pois nós dois trabalhamos com isso”, relata a transportadora Ele Torres de Sousa, de 44 anos, e há dez trabalhando no ramo.
A preocupação vai também para honrar pagamentos inclusive do próprio veículo. “Tem gente aqui que está se virando para pagar financiamento de veículo que comprou no final do ano. Vão acabar nem podendo retornar ao trabalho porque vão precisar devolver ou vender seu veículo”, pontua o tesoureiro.
Conforme nota da assessoria de comunicação na reunião foi informado que a Prefeitura não encontrou alternativas para viabilizar recursos financeiro aos responsáveis pelo transporte escolar. O encontro ainda tratou do decreto e também foi apresentada pelo Sebrae a consultoria disponível dentro do Pacto pelo Futuro, ofertando atendimento individualizado aos motoristas. “Também foi recebida a solicitação da categoria de isenção de taxas por parte dos motoristas em 2021 e a revisão do decreto que regulamenta a atividade de transporte escolar, que serão avaliadas pela administração municipal”.