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Notícias | Novo Hamburgo Em tratamento

Lívia retorna ao Brasil depois de tomar medicamentos em Boston

Com acompanhamento médico local, tratamento deve durar mais dois meses até a cura

Por Matheus Beck
Publicado em: 09.11.2020 às 16:52

Família comemora o retorno e a utilização dos medicamentos Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
A brava luta da família composta pelo vendedor Anderson Henrique Teles, e a advogada Luana Cristine Diehl Teles, ambos com 30 anos, para a garantia da saúde da pequena Lívia Teles, 2 anos, se aproxima de um desfecho de muita alegria. A menina diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma doença genética rara, degenerativa foi a Boston, Estados Unidos, em busca de medicamentos e, neste sábado (7), já retornou ao Brasil após as dosagens efetuadas em solo estadunidense.

A ida, obviamente acompanhada pelos pais ocorreu no dia 30 de outubro. Segundo a família de Teutônia, tudo ocorreu conforme o esperado.

"A Lívia está super bem. Ainda estamos nos organizando com tudo, mas acredito que essa semana estará tudo em dia. Próximos dias teremos consultas com os médicos brasileiros que continuarão o tratamento juntamente com a equipe de Boston", explicou o pai da pequena Lívia. Sobre o sentimento e expectativa, não há como definir de forma diferente para Anderson. ""Felicidade total."

A partir de agora o monitoramento e a torcida será grande. "Continuamos o tratamento aqui e acreditamos em uma boa resposta e recuperação da Lívia no passar do tempo." Sobre as mobilizações para que a pequena obtivesse acesso ao medicamento de alto custo, Anderson faz questão de agradecer. "Imensamente gratos a todos que estiveram conosco até hoje e que doaram, oraram e acreditaram conosco."

Depois de ter tomado o medicamento em Boston, Lívia continuará tomando esteroides até tudo estar em ordem com a terapia gênica, de acordo com o pai. Dessa forma e sem nenhuma disfunção hepática, tudo deve se encaminhar para o prosseguimento da vida da menina.

Percurso

O tratamento para AME é considerado um dos mais caros do mundo e custa quase 3 milhões de dólares. Para obter o valor, a família efetuou diversas campanhas. Quando elas foram iniciadas, com a cotação do dólar perto de R$ 3,50, se esperava arrecadar R$ 9 milhões para custear o medicamento Zolgensma. Com a valorização da moeda norte-americana frente ao real, no início de julho, a família viu os R$ 9 milhões arrecadados insuficientes, precisando chegar a R$ 12 milhões. Com prazo para aplicação da medicação até os dois anos, a família e os voluntários corriam contra o tempo, quando, em 8 de julho, uma decisão liminar da Justiça Federal de Lajeado liberou recursos para o custeio do tratamento da menina.

TAGS: Lívia Teles
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