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Notícias | Novo Hamburgo COMPORTAMENTO

Entenda por que os bebês mordem outras crianças

Cláudia Teixeira Goulart, mestre em Psicologia do Desenvolvimento, explica sobre a ação que é comum nos primeiros anos de vida

Por Ubiratan Junior
Publicado em: 23.02.2022 às 21:52 Última atualização: 23.02.2022 às 22:06

De forma geral, todo adulto conhece a história de algum bebê que mordeu ou foi mordido por outra criança. O fato é que a mordida faz parte do desenvolvimento de todos os pequenos. De acordo com a mestre em Psicologia do Desenvolvimento e coordenadora do curso de Psicologia da Universidade Feevale, Cláudia Teixeira Goulart, é comum entre um e dois anos de idade a criança morder.

Segundo a especialista Cláudia Teixeira Goulart, a mordida faz parte do desenvolvimento de todos os bebês
Segundo a especialista Cláudia Teixeira Goulart, a mordida faz parte do desenvolvimento de todos os bebês Foto: Reprodução/Pexels
“Faz parte do desenvolvimento e isso acontece porque a fala ainda não está desenvolvida, então é uma forma dela se expressar, às vezes pode ser raiva ou outro sentimento”, explica Cláudia. Conforme a especialista, nesta fase os bebês não tem dimensão da realidade, ou seja, não sabem o mal que estão causando ao outro.

A criança que sofre a agressão, especialmente quando é bebê, também não compreende o que aconteceu, embora ela sinta que é desagradável e, na grande maioria dos casos, expresse isso através do choro. No entanto, Cláudia salienta que morder nesta fase não é um fator patológico do ponto de vista da psicologia.

Por isso, nesta fase indica-se que os adultos fiquem atentos para evitar os episódios de mordidas. “O adulto deve ajudar a criança a expressar o sentimento de outra forma e mostrar para ela que morder fere o outro”, afirma Cláudia. Ela destaca ainda que nessas situações é preciso acolher a criança que foi mordida para acalmá-la, mas também dar suporte para a criança que cometeu a agressão. “O principal é estar atento e evitar, mostrar a ela que não é contra ela, só que não é bom para o colega”, expõe.

Em relação à possíveis traumas, Cláudia diz que a forma como os adultos lidam com a situação pode influenciar. “A gente sabe que isso gera um sofrimento aos pais, pois eles não querem que os filhos sofram. Mas isso faz parte do desenvolvimento e a criança que executa a ação não sabe que está causando mal”, salienta.

Ainda conforme a especialista, nem sempre a criança que morde está passando por uma situação traumática ou vivendo em um ambiente propício à violência. Por isso, ela destaca que é necessário que o comportamento da criança passe por uma avaliação - inicialmente feita pelos adultos que convivem com ela, para, então, procurar ajuda profissional.

No caso de crianças maiores, de três ou quatros anos, por exemplo, já há capacidade de compreender que a ação pode machucar. Contudo, mesmo que elas sigam mordendo com regularidade, Cláudia orienta que qualquer diagnóstico seja definido, é preciso que diversos fatores sejam levados em consideração.

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