Professores de Novo Hamburgo anunciam greve da rede municipal a partir desta quinta-feira
Entre as reivindicações da categoria estão os projetos de lei que tramitam na Câmara de Vereadores relacionados a Previdência e a Assistência do Ipasem de autoria da Prefeitura
No início da tarde de segunda-feira (28), professores decidiram, em assembleia virtual, iniciar greve da categoria a partir do dia 1° de dezembro. Segundo o Sindicato dos Professores de Novo Hamburgo (SindProfNH), 600 profissionais da educação participaram do ato. Entre as reivindicações da categoria estão os projetos de lei que tramitam na Câmara de Vereadores relacionados a Previdência e a Assistência do Instituto de Previdência dos Servidores (Ipasem) de autoria do Prefeitura.
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Além disso, ele afirma que o projeto foi construído em conjunto com representantes dos servidores e também com o apoio de consultorias técnicas contratadas pelo Município. “Durante décadas se falou dos problemas do Ipasem, mas nunca foram apresentadas soluções. É o que estamos fazendo nesse momento”, declara o secretário.
Segundo a presidente do SindProfNH, Luciana Martins, é "consenso entre os servidores que projetos desta magnitude não podem ser aprovados pela Câmara de Vereadores neste momento do ano". Entre as matérias apresentadas no pacote de reforma, está o aumento da contribuição previdenciária dos servidores públicos, ativos e inativos, e pensionistas, repasse que desde julho de 2020 é 14%. "A proposta aumenta, compulsoriamente, por 20 anos, a alíquota de contribuição para 19%. Esse montante é exorbitante para os servidores da educação", afirma Luciana.
Além dessa alteração, os projetos discorrem sobre o aumento no tempo de contribuição, a venda de dívida de reparcelamentos da Prefeitura junto ao Ipasem para o Banco do Brasil e a redução na contribuição patronal na assistência médica. "Nossa categoria está cansada de ver tantos retrocessos, isso é palpável na dificuldade de contratação de professores. As pessoas perdem o interesse e essas medidas só irão contribuir para a precarização do funcionalismo público", argumenta a educadora. A entidade estima que a paralisação conte com 100% de adesão.
A secretária de Educação de Novo Hamburgo, Maristela Guasselli, garante que as escolas estarão abertas. Ela enfatiza que o atendimento será mantido de acordo com o calendário letivo escolar.