Está em alta o glamping, o acampamento de luxo
Modalidade turística faz sucesso no exterior e já chegou no País, de olho na integração com meio ambiente
Acampamento sem perrengue e com o máximo de conforto possível sem abrir mão do contato com a natureza. Essa é a premissa do “glamping”, que une as palavras “glamour” e “camping” para definir um tipo de hospedagem com barracas, trailers, contêineres ou cabanas - e que tem crescido no Brasil nos últimos anos.
A modalidade de “acampamento chique” espalhou-se pelo interior e pelo litoral de São Paulo e tem movimentado turistas atraídos pelas belezas naturais da Mata Atlântica em pontos como as Serras da Mantiqueira e da Cantareira, em São Paulo.
O conceito de levar o conforto da vida urbana à hospedagem na natureza não é novo: aparece em registros desde o século 16. Mas o conceito do “glamping” ganhou força mais recentemente, sobretudo no exterior. Em 2016, o termo até entrou oficialmente para o dicionário de Oxford, que o define como “um tipo de acampamento que é mais confortável e luxuoso que o acampamento tradicional”.
Assim, a falta de um banheiro dá lugar a jacuzzis ao ar livre, a fogueira é elétrica, o colchão inflável é substituído por uma cama king size e a barraca de lona pode se materializar na forma de uma cabana A-frame (aquelas com estrutura em formato de “A”) ou do domo geodésico, que permite dormir no conforto da sua bolha aquecida enquanto observa o céu por um teto ou parede de vidro.
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“Estamos totalmente imersos na natureza. Nosso terreno tem o mínimo de impacto possível no entorno. Não fizemos terraplanagem, não cortamos árvores”, afirma Halmer Marques, sócio de um glamping com sete acomodações em São Bento do Sapucaí. A ideia veio após Halmer visitar similares na Europa e América do Sul.
Conexão com a natureza
Em outubro do ano passado, o diretor de arte Matias Tino, de 50 anos, escolheu o glamping na Mantiqueira para curtir a lua de mel ao longo de um fim de semana com a mulher. “Minha ideia não era ir para um resort, mas queria algo que fosse só para nós dois mesmo. Estar longe de tudo, mas também ter serviço amplo e outras possibilidades”, diz ele.
Tino já tinha visitado São Bento do Sapucaí em anos anteriores e até passado alguns carnavais por lá. Mas foi a ideia de desconectar do mundo e conectar-se à natureza que o atraiu para voltar à cidade. “É uma experiência onde você precisa se conectar com a outra pessoa”, diz Tino, que ficou hospedado com a mulher em um dos três domos geodésicos.