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O que é febre maculosa, quais os sintomas e o que fazer em caso de suspeita da doença do carrapato

Saiba quais os cuidados para evitar ser picado pelo parasita encontrado principalmente em cavalos e capivaras; seis mortes já foram confirmadas no País em 2023

Publicado em: 14.06.2023 às 12:13 Última atualização: 14.06.2023 às 12:18

A febre maculosa, doença transmitida pela picada do carrapato-estrela encontrado em capivaras e cavalos, tem alto índice de letalidade entre os pacientes contaminados. O parasita é reponsável por disseminar uma bactéria do gênero Rickettsia. O principal vetor no Brasil são os carrapatos do gênero Amblyomma. A enfermidade não é passada diretamente pelo contato entre as pessoas.

Em todo o País, foram registrados 49 casos da doença em 2023 e seis mortes, segundo o Ministério da Saúde divulgou na terça-feira (13). Em 2022, foram registrados 190 casos da doença no Brasil, com 70 mortes.

Carrapato-estrela é responsável por transmitir febre maculosa
Carrapato-estrela é responsável por transmitir febre maculosa Foto: Adelcio Barbosa/Prefeitura de Contagem

Os casos mais recentes aconteceram em Campinas, São Paulo, região considerada endêmica para febre maculosa. Se confirmada, a morte de uma adolescente de 16 anos na terça-feira será a sexta somente no Estado em 2023.


A jovem participou de uma festa onde também estiveram outras três pessoas que morreram de febre maculosa nos últimos dias. As outras três vítimas são o empresário e piloto de automobilismo Douglas Costa, de 42, a namorada dela, a dentista Mariana Giordano, de 36, e uma mulher, de 28 anos.

LEIA TAMBÉM: Febre maculosa mata 3 em cada 4 dos infectados

Sintomas

Normalmente a doença se manifesta de forma repentina, com um conjunto de sintomas semelhantes aos de outras infecções: febre alta, dor na cabeça e no corpo, falta de apetite e desânimo. Em seguida é comum aparecerem pequenas manchas avermelhadas, que crescem e ficam salientes.

O quadro é agravado com náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas. Nos casos mais graves, pode haver paralisia, começando nas pernas e subindo até os pulmões, o que pode causar parada respiratória.

Diagnóstico

Diagnosticar precocemente a febre maculosa é muito difícil, principalmente nos primeiros dias da infecção, já que os primeiros sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, entre outras.

Mas o que é importante para o caso, segundo o Ministério da Saúde, é se o paciente esteve em locais de mata, florestas, fazendas, trilhas ecológicas onde possa ter sido picado por um carrapato.

O profissional de saúde deverá ainda solicitar exames para confirmar ou contribuir com o diagnóstico.

Tratamento

Segundo o Ministério da Saúde, a febre maculosa tem cura desde que o tratamento com antibióticos específicos seja administrado nos primeiros dois ou três dias da infecção. O medicamento deve ser administrado assim que surgirem os primeiros sintomas, mesmo sem o diagnóstico confirmado, já que ele pode demorar.

Em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A terapêutica é empregada por um período de 7 dias, devendo ser mantida por 3 dias, após o término da febre.

Atraso no diagnóstico e, consequentemente, no início do tratamento pode provocar complicações graves, como o comprometimento do sistema nervoso central, dos rins, dos pulmões, das lesões vasculares e levar ao óbito.

Prevenção

A prevenção da febre maculosa é baseada em impedir o contato com o carrapato. Portanto, em locais onde haverá exposição ao bicho, algumas medidas podem ajudar a evitar a infecção.

Entre elas, estão usar roupas claras para ajudar a identificar o bicho; utilizar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramados; evitar andar em locais com grama ou vegetação alta e usar repelentes de insetos.

Além disso, o Ministério da Saúde recomenda a remoção – com uma pinça – se um carrapato for encontrado no corpo; não apertar ou esmagar o bichoe, depois de removê-lo inteiro, lavar a área da mordida com álcool ou sabão e água. Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de se contrair a doença.

Com informações de Agência Brasil e Estadão Conteúdo

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