El Niño pode aumentar incidência de dengue, zika e outras doenças virais; veja o que diz a OMS
Fenômeno se caracteriza pelo aumento anormal da temperatura da superfície do Oceano Pacífico na região próxima à Linha do Equador.
Um aumento na disseminação de doenças virais, como dengue, zika e febre chikungunya é previsto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido ao El Niño. O fenômeno climático começou a se manifestar nas últimas semanas e deve influenciar o clima em várias partes do mundo ao longo deste ano.
Na quarta-feira (21), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, informou que a organização está se preparando para o período de El Niño, "que pode aumentar a transmissão de dengue e outras chamadas arboviroses, como zika e chikungunya".
Adhanom também afirmou que as mudanças climáticas estão favorecendo a reprodução de mosquitos - a incidência de dengue, transmitido pelo Aedes aegypti, já aumentou bastante nas últimas décadas, especialmente nas Américas. Há um surto recente no Peru, em meio ao qual a ministra da Saúde, Rosa Gutiérrez, renunciou, e em várias regiões do país foi declarado estado de emergência.
O que é o El Niño?
O El Niño se caracteriza pelo aumento anormal da temperatura da superfície do Oceano Pacífico na região próxima à Linha do Equador.
E o La Niña?
O La Niña é outro fenômeno climático, exatamente oposto a ele: caracteriza-se pelo resfriamento anormal da temperatura desse mesmo oceano, também na região equatorial.
O La Niña se instalou em 2020 e durou três anos, com um breve período de neutralidade em 2021. Terminou em fevereiro passado. Em abril, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertou para a formação do El Niño, o que foi confirmado recentemente pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).
Durante a vigência desse fenômeno, as águas do oceano Pacífico ficam pelo menos 0,5°C mais quentes do que a média, o que impacta nas condições climáticas em várias regiões do mundo.
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É provável que o fenômeno produza climas extremos até o final deste ano, de ciclones tropicais dirigindo-se às ilhas do Pacífico a fortes chuvas na América do Sul ou secas na Austrália e em parte da Ásia.
Com informações de Agência Estado e agências internacionais.