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Notícias | Região Estância Velha

Maternidade será substituída por mais leitos de internação no Hospital Getúlio Vargas

Decisão de fechar a obstetrícia é motivada pelo alto custo para construir um Centro de Parto Normal

Por Bruna Mattana
Publicado em: 26.09.2019 às 00:00 Última atualização: 26.09.2019 às 10:07

Foto por: Inezio Machado/GES-Especial
Descrição da foto: Secretária de saúde do Estado, Arita Bergmann (2ª da esquerda para a direita), ao lado da prefeita de Estancia Velha, Ivete Grade, participou do anúncio
No lugar da maternidade, novos leitos para cirurgia. O baixo índice de nascimentos no município, aliado ao alto investimento para construir um Centro de Parto Normal (CPN) foram os principais motivos que levaram a administração de Estância Velha a fechar a obstetrícia do Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV).

Em contrapartida, segundo anúncio realizado ontem no auditório municipal, o antigo bloco do hospital será transformado em unidade de internação, com verba já disponível da Consulta Popular. No encontro, que reuniu autoridades municipais e estaduais, a prefeita de Estância Velha, Ivete Grade, destacou que a decisão de fechar a obstetrícia foi tomada com a razão e não com a emoção.

"Em um primeiro momento eu não queria que deixássemos de realizar partos no município, mas quando me foram apresentados os números, a realidade estrutural do hospital, vi que não tínhamos condições de manter. Talvez consigamos reaver esse cenário, mas não agora".

Impacto nos leitos

Segundo o enfermeiro de controle de infecção do HMGV, Rafael Vieira, a portaria 11, de 7 de janeiro de 2015, redefiniu as diretrizes para implantação e habilitação de Centro de Parto Normal (CPN), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

"Conforme essa portaria, o Centro Cirúrgico deve ser utilizado apenas para cesária e não para parto normal. Foi realizado um mapeamento na região e tínhamos obstetrícias que não estavam adequadas a nova portaria e foi definido que Estância Velha seria referência", pontua. Ele destaca, no entanto, que quando foi construído o novo centro cirúrgico, a Vigilância Sanitária proibiu partos dentro do local, por não possuir CPN.

Partos por mês

Conforme o Ministério da Saúde, o município realizou, no último ano, 508 partos - 280 normais e 228 cesarianas -, o que resulta em uma média de 42 por mês. "É uma média pequena. Um centro obstétrico, para ser autossustentável, precisa ter mais de cem partos mensais. Este é um problema. Essa demanda pode ser suprida por outro município", ressalta Rafael Vieira.

São Leopoldo será a nova referência para partos

A secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, ressaltou que, em 1º de novembro, os partos das gestantes de Estância Velha, Presidente Lucena, São José do Hortêncio, Lindolfo Collor e Ivoti passarão a ser realizados em São Leopoldo. "Estou me comprometendo, junto com as lideranças, para viabilizarmos esse Centro de Parto Normal (CPN)", destacou.

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