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Notícias | Região Bandeira amarela

Verão nem começou e afogamentos já preocupam bombeiros da região

Final de semana registrou sete mortes no Estado no calorão que levou muitos para águas

Por Juliana Nunes
Publicado em: 15.10.2019 às 05:29 Última atualização: 16.12.2019 às 09:07

Calor começou antes, mas Operação Verão inicia oficialmente em dezembro Foto: Divulgação/ Bombeiros RS
A onda de calor do último final de semana levou muita gente a procurar refresco. Rios, barragens e piscinas foram alguns dos locais mais procurados. No entanto, muitas vezes a diversão pode estar associada a perigos. Principalmente sem cobertura da Operação Verão, que começará no dia 21 de dezembro.

Alguns mergulhos em águas terminam de forma trágica. José Luiz da Silva Borba, 42 anos, morreu após entrar no Rio Gravataí, por volta das 15h30 de sábado. O Corpo de Bombeiros de Gravataí foi acionado ao local, na altura do Distrito Industrial, mas já encontraram Borba sem vida.

Conforme o relato de dois amigos que o acompanhavam à beira do rio, o homem teria entrado sozinho na água e, no meio do canal, não teve forças para voltar. Um dos amigos ainda conseguiu retirá-lo da água, mas o socorro não foi suficiente para salvar o homem.

Outro caso que marcou o fim de semana foi de uma criança de quatro anos que perdeu a vida em uma piscina, durante uma festa do Dia das Crianças, em Santa Maria.

Perigos em cascatas

Na região, um dos locais mais procurados em épocas quentes é a cidade de Riozinho, que conta com cachoeiras e cascatas. "As cascatas do Chuvisqueiro e Três Quedas são consideradas mais perigosas, elas têm água mais gelada e também pela localização, a água corre entre a mata nativa. Este ano, não tivemos registro de mortes, mas em 2018, sim. Tudo é questão de prudência. Muitas vezes, o banhista tem muita autoconfiança e é aí que acontecem os acidentes. O principal é não se arriscar", observa o comandante dos Bombeiros Voluntários de Rolante e coordenador da Defesa Civil do município, Leandro Gottschalk.

Cuidados

"Na teoria funciona assim: sabemos os cuidados ao entrar em qualquer local com água. Porém, nem sempre colocamos em prática", comenta o comandante da 2ª Companhia do Batalhão dos Bombeiros, major Alexandre Sório Nunes. Ele elenca algumas dicas que podem salvar vidas. "Água sempre na cintura. Também não se pode consumir alcool, drogas ou tomar medicação antes de entrar na água. No mar, fique atento à cor das bandeiras e incidência de animais marinhos. Jamais tente salvar alguém se afogando. Jogue uma corda ou uma boia para ajudar".

Temporada terá 600 guarda-vidas temporários

As inscrições para o processo seletivo que irá contratar 600 guarda-vidas temporários encerra nesta terça. Os temporários atuarão entre os meses de novembro de 2019 a abril de 2020. A seleção contará com exame de saúde física e mental, aptidão física e capacitação técnica. A atuação será supervisionada e comandada pelos bombeiros militares.

Descuido

No Paranhana, os bombeiros voluntários de Rolante têm atuação antes mesmo do verão iniciar. "Já tivemos uma reunião com salvamento aquático e em breve vamos intensificar nossa campanha Verão Seguro. Distribuiremos material informativo em áreas onde costumam ocorrer acidentes", conta Gottschalk, que lembra dos casos em dezembro de 2018. "Tivemos quatro casos no veraneio 2018/2019. E os afogamentos geralmente são por descuido, imprudência. Um dos afogamentos é porque a vítima resbalou e caiu de uma altura de 60 metros, do alto da cascata do Chuvisqueiro. Todos foram de pessoas que se arriscaram, acidentes que poderiam ter sido evitados", afirma o comandante dos bombeiros.

Piscina, rio e mar

Os cuidados variam um pouco de acordo com o local escolhido. Nas piscinas, a atenção com crianças e idosos deve ser redobrada. "Na piscina é obrigatório que se tenha salva-vidas e divisão sinalizada, de pequenos e adultos. Crianças sempre devem estar acompanhadas. E toda piscina deve ter cercamento", explica o major Sório, que também fala sobre mananciais. "No rio nunca sabemos o que tem embaixo. Por isso, não devemos saltar em rios e cachoeiras, pode ter galhos ou pedras. E quando entrar na água, sempre andar na direção do rio e não na direção do meio do rio, que é a parte mais funda". No mar, a atenção fica voltada para a rebentação. "Onde a água não está chegando é o local mais perigoso", destaca Sório.

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