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Notícias | Novo Hamburgo Escolas estaduais

Em meio a protestos contra o Piratini, professores devem avaliar greve nesta sexta-feira

Professores, estudantes e funcionários de oito escolas protagonizaram caminhada carregando faixas e cartazes em Novo Hamburgo

Por Débora Ertel
Publicado em: 22.11.2019 às 05:00 Última atualização: 22.11.2019 às 07:45

Nos cartazes, dizeres como "luto pela educação", "todos contra a PEC" e a "greve é de todos" Foto: Débora Ertel/GES

Com gritos de "salve a escola pública" e um discurso que listava os benefícios dos deputados estaduais, como o 14º salário e férias prolongadas, professores, alunos e funcionários de escolas estaduais protestaram contra o pacote do Piratini na manhã desta quinta-feira (21), em Novo Hamburgo. Nos cartazes, dizeres como "luto pela educação", "todos contra a PEC" e a "greve é de todos". A manifestação passou pela área central do bairro Canudos e seguiu pela Rua Bartolomeu de Gusmão, tendo como destino a agência do Banrisul. Participaram representantes das Escolas Engenheiro Cristiano Plang, Otávio Rosa, Antônio Vieira, Antônio Conselheiro, Madre Benícia, João Ribeiro, 25 de Julho e Ayrton Senna, além do Cpers/Sindicato.

Nesta sexta-feira, os servidores das escolas estaduais de toda a região devem se reunir para avaliar a greve. A expectativa do Cpers é que mais profissionais façam adesão ao movimento.

Maiquele Klipel, 28 anos, professora de Português das Escolas Antônio Conselheiro e Pedro Schneider, de São Leopoldo, foi uma das pessoas que marcaram presença. "Estou aqui devido ao pacote do Eduardo Leite que desvaloriza totalmente a nossa categoria. Acho que o objetivo dele é acabar com a educação", disse.

Neste mês, o Estado completou 43 meses de pagamento atrasado aos servidores públicos por conta da situação econômica. O estudante Dionathan Matos, 15, também estava no manifesto. "Eu vim ajudar eles, porque não recebem. Faz tempo que está tudo atrasado", comentou.

No dia 13 de novembro o governador protocolou em regime de urgência na Assembleia Legislativa oito projetos que reestruturam a administração da máquina pública. A expectativa é que a avaliação das propostas ocorra a partir de 17 de dezembro.

Segundo o 14º Núcleo do Cpers, que tem sede em São Leopoldo e atende a 27 cidades dos Vales do Sinos e Caí, das 130 escolas da sua área de atuação, 81 estão parcialmente ou totalmente paralisadas. O número é quase o dobro do levantamento de segunda-feira, dia 18, quando começou a greve, e havia 42 escolas participando da paralisação.

Já na área do 5.º Núcleo, com sede em Montenegro, das 22 escolas distribuídas em seis municípios do Vale do Caí, apenas duas não aderiram de maneira total ou parcial à greve. Na zona do 32º Núcleo, em Taquara, 63% das escolas aderiram à paralisação, das quais 14 estão fechadas. De acordo com a diretora, Simone Goldschmidt, o movimento grevista cresce a cada dia no Vale do Paranhana.

Sintergs anuncia paralisação

O Sindicato dos Servidores de Nível Superior (Sintergs) definiu que os servidores vão parar suas atividades a partir do dia 26 de novembro.

 

Governo divide propostas em três eixos

O governo do Estado dividiu as propostas em três eixos:

1- Contenção do crescimento das despesas de pessoal, com alterações que se relacionam transversalmente com as categorias, além de uma reforma nos Estatutos do Magistério e da Brigada, categorias que concentram a maior parte dos servidores.

2- Reforma do sistema previdenciário estadual, adequando as regras recém-aprovadas pelo Congresso.

3- Modernização da legislação de recursos humanos.

 

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