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Notícias | Região Crise no RS

Professores estaduais definem rumos da greve nesta terça-feira

Assembleia geral da categoria começará no início da tarde desta terça-feira em Porto Alegre

Por Susi Mello
Publicado em: 26.11.2019 às 05:00 Última atualização: 26.11.2019 às 09:25

Enquanto apenas uma turma tem aula na Escola Estadual João Ribeiro, funcionários trabalham na limpeza da instituição de ensino Foto: Inézio Machado/GES
Na tarde desta terça-feira (26), professores e funcionários de escolas estaduais estarão em Porto Alegre para participar da assembleia geral marcada para as 13h30, na Praça da Matriz. Na capital gaúcha, a principal pauta da categoria será o pedido para que o governo do Estado não altere os planos de carreira e da previdência, e busca-se negociar o pagamento do salário em dia e a reposição salarial.

Nesta segunda-feira (25), a mobilização dos núcleos do Cpers estava voltada para o ato e pelo chamamentos aos professores. Segundo o diretor geral do 14º Núcleo do Cpers, Luiz Henrique Becker, será um recorde de ônibus que irão para Porto Alegre. Além de 12 ônibus, informa, há professores que irão de trem e carros. "A nossa estimativa é que 800 pessoas se dirijam à capital gaúcha", destaca.

As saídas são de diferentes cidades. Em Sapiranga, por exemplo, será ao meio-dia no Instituto Estadual Genuíno Sampaio. Em Novo Hamburgo, às 12h25 no Colégio 25 de Julho, e em São Leopoldo às 12h40, do Professor Pedro Schneider, o Pedrinho. Os coletivos ainda terão saídas de São Sebastião do Caí, Barão, São Pedro da Serra, Capela de Santana, Portão e Poço das Antas.

Ainda da região, o 32º Núcleo Cpers de Taquara, que representa 32 instituições de ensino, também se mobiliza. A diretora geral Simone Goldschimdt salienta que serão quatro ônibus saindo de São Francisco de Paula, Rolante e Taquara. Os coletivos passarão pelas demais cidades de abrangência do núcleo. Ela declara que essa mobilização é recorde. Em outras assembleias em Porto Alegre havia apenas um ônibus. Das 60 escolas do 32º Núcleo Cpers, 65% dos professores e funcionários tinham aderido à paralisação até ontem.

Na Escola João Ribeiro, no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, das 12 salas de aula, apenas uma teve atividades pela manhã com a professora do 5º ano. À tarde ninguém teria aula. Segundo o diretor, Marcelo da Silva Pinho, nesta terça (26) somente essa turma terá aula, na quarta-feira e sexta-feira serão as turmas do 9º ano e na quinta os 8ºs anos. Nesta segunda (25), do quadro de 32 professores e demais servidores, a escola estava com os quatro funcionários, uma professora, o diretor e a vice-diretora. Com salas vazias, a alternativa foi aproveitar para intensificar o trabalho de limpeza.

Também teve quem voltou atrás. Na Escola Frederica Schütz Pacheco, do bairro hamburguense Ouro Branco, os professores resolveram voltar a dar aulas nesta segunda (25). Até sexta-feira (22), todos os professores estavam paralisados. "Não é por conta da ameaça do governo de cortar o ponto. Resolvemos voltar em função da comunidade", declara a diretora Carmen Koetz.

Adesão

Em levantamento feito nesta segunda-feira (25), entre as escolas com as quais foi possível contato estavam com adesão parcial à greve Vila Becker, João Ribeiro, Otávio Rosa, Ayrton Senna do Brasil, Alfredo Clemente Pinto, Pedro Adams Filho, 25 de Julho, Madre Benícia, Wolfram Metzler, Madre Benícia, Luiza Teixeira Lauffer e Dom Pedro II. Não aderiram Frederica Schütz Pacheco, Maurício Sirotsky Sobrinho, Keli Meise Machado, Antônio Vieira, Kurt Walzer, Alvino Henrique Weber, Antônio Conselheiro e Bento Gonçalves.

Falta de transporte

A Escola Especial Keli Meise Machado tem aula porque não terá como recuperar após o Natal, pois ficará sem van.

Seduc alerta sobre corte do ponto

A Secretaria Estadual de Educação informou ontem que iria orientar as Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) para que cumprissem a decisão do governo do Estado. Em um comunicado divulgado sexta-feira (22), o governador Eduardo Leite informou que cortaria o ponto, a partir desta segunda-feira (25), daqueles que permanecessem ou entrassem em greve. Os servidores públicos que não trabalharam terão desconto dos dias de paralisação.

 

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